Como tem sido difícil assistir um culto pentecostal nas igrejas atuais. Confesso, saí frustrado do último que fui. As raízes pentecostais não tem nada a ver com isso que chamamos hoje de manifestações do Espírito.
Sei que corro o risco de ser chamado de frio, de intelectual e outros nomes mais. Portanto, não me renderei a esse pseudoevangelho pregado nos púlpitos da igreja moderna.
Como pode alguém ir ao um “culto de poder” e sair pior do que entrou? Que tanto poder é esse que é “liberado” pelos evangelistas e pastores, que não tem eficácia na vida existencial deles próprios?
Que tanta “unção” é essa que é exalada de seus paletós e não transforma a vida dos fiéis?
Até quando veremos os manipuladores de auditórios manobrando as massas para um falso evangelho?
Até quando vamos chamar de “cristãos” esses falsos líderes? Eles inventaram outra religião. Abandonaram o cristianismo. Não falam da cruz de Cristo e da regeneração do Espírito Santo como solução para toda e qualquer escravidão espiritual. Não falam do discipulado de Jesus Cristo como compromisso com o Reino de Deus, o que exige arrependimento e submissão absoluta ao Rei Eterno, o que implica mudança de vida e serviço abnegado.
Continuo a peregrinar com minhas incertezas, sabendo que o Deus da igreja dará um escape aos seus pequeninos que anseiam viver humildemente, praticando a justiça e amando a misericórdia. Continuo a crer nas manifestações do Espírito Santo na vida do cristão; continuo a crer na transformação do homem caído; e continuo a ter esperança que a nossa missão é manifestar, aqui e agora, a maior densidade possível do Reino de Deus, que será consumado ali e além.
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