sábado, 28 de junho de 2014

A Graça Irresistível


Graça irresistível é a doutrina que mantém que um pecador não tem capacidade para recusar a graça especial de Deus ao trazer esse pecador à salvação. Os evangelhos revelam que Jesus ensinou tal doutrina?

Jesus ensinou que a graça eletiva de Deus não pode ser definitivamente recusada por um pecador obstinado. O homem, morto em seus delitos e pecados, não pode escolher a Deus. De modo oposto, um homem que recebeu a graça redentora não pode recusar tal graça. Em João 6.44, Jesus diz que ninguém pode vir a Ele, a menos que o Pai o traga. O verbo grego empregado aqui pode ser literalmente traduzido como “arrastar”. A graça eletiva de Deus é irresistível. Se Deus amou um indivíduo antes da fundação do mundo, se Cristo derramou Seu sangue redentor por esse pecador, Ele não permitirá que essa pessoa pereça. Ele “arrastará” esse pecador à salvação pelo poder do Seu evangelho.


A passagem familiar de João 3 também é ilustrativa da graça irresistível. Em sua conversa com Nicodemos, Jesus compara a salvação a um novo nascimento. É óbvio que um feto, quando a plenitude do tempo chegar, não pode recusar nascer! Antes, o corpo da mãe forçosamente expelirá a criança. A criança não é consultada. Deveríamos esperar que o nascimento espiritual fosse diferente? Se examinarmos nossa conversão, Deus nos implorou para sairmos do túmulo do pecado ou o poder de Deus nos expeliu das trevas para o Seu reino de luz, através do novo nascimento? Jesus nos deu a resposta.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Jesus, os Fariseus e o Livre-Arbítrio


Para muitos, hoje em dia, é intrigante que Jesus coloque tal valor nos direitos soberanos da liberdade eletiva de Deus, a ponto de falar da maneira como o faz àqueles que O rejeitam. Ele fala de maneira a impedi-los de vangloriarem-se, como se pudessem anular os propósitos últimos de Deus. 

Em João 10.25-26, por exemplo, Jesus respondeu aos céticos que exigiam mais e mais provas: “Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas”. 

Pense nisto por um momento. Pense acerca do que significa e no fato que Jesus proferiu tais palavras a pessoas incrédulas. Imagine-se como um fariseu ouvindo a mensagem de Jesus e dizendo a si mesmo: se Ele pensa que eu vou ser sugado para dentro desse movimento junto com coletores de impostos e pecadores, está louco. Eu tenho vontade própria e poder para determinar o meu próprio destino. Em seguida, imagine Jesus, sabendo o que se passa no seu coração e dizendo: “Você se vangloria em seu íntimo porque acha que tem o controle de sua própria vida. Você pensa que pode frustrar os planos máximos de meu ministério. Você imagina que os grandes propósitos de Deus na salvação são dependentes de sua vontade vacilante. Em verdade, em verdade eu lhe digo que a razão final pela qual você não crê é porque o Pai não o escolheu para estar entre as minhas ovelhas”. 

Em outras palavras, Jesus está dizendo: “O orgulho final da incredulidade é destruído pela doutrina da eleição”. Aqueles a quem Deus escolheu, Ele também os deu ao Filho; e aqueles a quem Ele deu ao Filho, o Filho também os chamou; e para aqueles que foram chamados, Ele deu sua vida; e para esses Ele deu alegria eterna na presença de sua glória. Este é o prazer do Pai. 

John Piper
Os Prazeres de Deus
(Portland, Multnomah, 1991), p. 137-139.

Expiação Limitada ou Eficaz


Talvez a discordância mais acalorada entre calvinistas e arminianos seja sobre a extensão da expiação. A questão diante de nós é simplesmente essa: Por quem Cristo morreu? A vasta maioria dos cristãos evangélicos poderia responder assim: “A resposta é fácil: Cristo morreu por todo o mundo.” Essa resposta mui provavelmente seria acompanhada com o obrigatório texto prova de João 3.16. Concordo que a resposta é fácil, mas a resposta evangélica comum está errada. Está errada de acordo com ninguém outro senão o nosso Senhor Jesus Cristo mesmo.

A visão arminiana da expiação universal implica que seria de alguma forma injusto se Cristo não morresse por todos. Se, contudo, Cristo derramou Seu sangue precioso por todo o mundo, segue-se uma questão lógica: por que todos não são salvos? A resposta comum a essa pergunta é que a incredulidade impede a salvação de pecadores por quem Cristo morreu e derramou Seu sangue precioso. Se é assim, sou compelido a apontar a triste situação do arminiano. A incredulidade não é um pecado? Se Cristo morreu por todos os pecados de todos os homens, então todo o mundo estará no céu. Se Ele morreu por alguns dos pecados de todos os homens, então ninguém estará no céu. Esses sãos as duas opções do dilema arminiano. Além disso, se Jesus morreu uma morte que tornou a redenção uma possibilidade hipotética para todos, então na verdade isso não assegurou a salvação para ninguém. Não existe conforto numa propiciação que não propicia ou numa redenção que não redime. Os calvinistas limitam a extensão da expiação de Cristo, mas os arminianos limitam o poder dela.

Argumentos lógicos de lado, o que Jesus ensina sobre a extensão de Sua expiação? Nosso Senhor claramente limita Sua expiação em Sua declaração em Mateus 20.28, quando Ele descreve o propósito de Sua vinda: dar a Sua vida como um resgate por muitos. “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” A grande passagem em João 10 é talvez a mais clara sobre essa questão. Nos vv. 11 e 15, Jesus diz que Ele dá a Sua vida pelas ovelhas. Os versículos 26 e 27 definem as ovelhas como aqueles que creem e seguem a Cristo. Portanto, Jesus está ensinando que Ele morreu somente por aqueles que creem nele. Em outras palavras, Jesus morreu somente pelos eleitos.

A oração sacerdotal de Cristo em João 17 é instrutiva também. Jesus não ora pelo mundo (v. 9). No versículo 20, Jesus diz que ele está orando por “aqueles que creem em mim”. Jesus estava orando em favor dos eleitos de Deus como Sumo Sacerdote deles. Contudo, Jesus não era apenas o Sumo Sacerdote, mas o sacrifício também. Como Sumo Sacerdote, Jesus não iria orar apenas pelos eleitos enquanto se oferecendo como sacrifício por todo indivíduo que viveria sobre a terra. Isso é similar a crer que os Sumos Sacerdotes de Israel ofereciam sacrifícios pelo Egito e pela Assíria no Dia de Expiação. Não, os sacerdotes ofereciam a Deus um sacrifício pelos pecados de Israel somente.


A vida, obra e ensino de Cristo demonstram claramente que Ele morreu por Seu povo (o Israel espiritual) e por eles somente.

Pense nisso!!!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Eleição Incondicional


Hoje falaremos, em poucas palavras, sobre outra doutrina ensinada pelo nosso Senhor Jesus chamada ELEIÇÃO INCONDICIONAL. Nosso Senhor não somente ensinou a doutrina da eleição como um axioma, mas também fez referência à doutrina como uma pressuposição. Em Mateus 24, onde Jesus descreve a Grande Tribulação – que no contexto é claramente um evento no primeiro século – somos ensinados no versículo 22, que por causa dos eleitos, aqueles dias seriam abreviados. Por definição, “eleito” refere-se a alguém que foi escolhido por outro, não alguém que escolheu a si mesmo.

Jesus também ensinou a eleição em preceito. Ele diz em João 5.21 que Ele dá a vida à “aqueles que quer”. João 6.37 registra nosso Senhor dizendo às multidões que aqueles que vêem a Ele são dados pelo Pai: “Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.” A eleição é ilustrada também na escolha dos outros. Jesus diz a eles em João 15.16 que eles não O escolheram, mas que foram escolhidos por Ele. Mateus 11.27: “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”; João 3.8: “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito”; e João 6.37-66 são também declarações claras dos lábios do nosso Senhor ensinando a doutrina da eleição.

Se as palavras têm significado, Jesus ensinou a doutrina da eleição. Não há nada nas palavras do nosso Senhor que sequer sugira que a eleição está de alguma forma condicionada sobre as ações livres dos homens. A passagem de João 6 é especialmente refrescante em dias quando há tanta pressão para satisfazer ouvidos com comichão. “E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido. Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele” (João 6.65,66). Jesus não tinha medo de proclamar ousadamente a doutrina da eleição, mesmo se isso significasse perder seguidores.

Pense nisso!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Total Depravação


Você já ouviu falar da doutrina da "Depravação Total" ou em inglês "Total Depravity"?

É o ensino bíblico que diz que o homem foi tão afetado pela queda que é totalmente incapaz de fazer qualquer bem espiritual e é, portanto, impossível que ele faça algo de si mesmo que contribua para a sua salvação. O homem não regenerado está espiritual morto e não pode entender a verdade espiritual. Ele, portanto, não tem capacidade de escolher a Deus.

Jesus mostra claramente que Ele ensinou a doutrina da incapacidade total. Em Mateus 13.11-17, Ele explica aos Seus discípulos a razão pela qual ensinava em parábolas. Ele lhes diz que eles tinham recebido a capacidade de conhecer os mistérios do reino, mas a outros isso não tinha sido concedido. Jesus estava ensinando que o homem caído não tem naturalmente a capacidade de entender Sua verdade. Nosso Senhor diz que tal capacidade é um dom de Deus. Jesus fala mais sobre o coração depravado e enganoso do homem em Mateus 15.19: “Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”

Enquanto explicava a natureza do novo nascimento a Nicodemos em João 3, Jesus diz ao letrado mestre judeu que ninguém pode entrar no Reino de Deus, a menos que tenha nascido de cima. A analogia da salvação como um novo nascimento é significante. Nenhum de nós teve a capacidade de escolher o tempo e o lugar do nosso nascimento, nossa raça, ou qualquer outra característica genética. Um bebê não escolhe nascer pelo ato de sua vontade. O bebê não é capaz de fazê-lo. Assim se dá com o novo nascimento.

Em João 6.44, Jesus fala da total incapacidade do homem vir a Ele sem a graça compelidora do Pai. “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” O homem caído não pode mudar sua própria natureza (e consequente incapacidade espiritual) não mais que um leopardo pode mudar suas manchas (Jr. 13:23), tornando-se dessa forma impossível que um pecador escolha a Deus antes da obra regeneradora do Espírito Santo. À luz dessas declarações deveria ser mais que abundantemente claro que o Filho do Homem ensinou a doutrina da incapacidade humana.

Pense nisso!!!!

Pensando alto!




Por anos, combateu-se a ideia de que os fins justificavam os meios, porque essa premissa justificava comportamentos antiéticos. Hoje, o problema aprofundou-se. Não se sabe mais o que é meio e o que é fim. Não se sabe mais se a igreja existe para levantar dinheiro ou se o dinheiro existe para dar continuidade à igreja. Canta-se para louvar a Deus ou para entretenimento do povo? Publicam-se livros como negócio ou para divulgar uma ideia? Os programas de televisão visam popularizar determinado ministério ou a proclamação da mensagem? 

As respostas a essas perguntas não são facilmente encontradas. Cristo não virou as mesas dos cambistas no templo simplesmente porque eles pretendiam prestar um serviço aos peregrinos que vinham adorar no templo. Ele detectou que os meios e os fins estavam confusos e que já não se discernia com clareza se o templo existia para mercadejar ou se mercadejava para ajudar no culto. A obsessão por dinheiro, a corrida desenfreada por fama e prestígio, a paixão por títulos, revelam que muitas igrejas já não sabem se existem para faturar. Muitos líderes já não gastam suas energias buscando um auditório que os ouça, mas procuram uma mensagem que segure o seu auditório. A confusão de meios e fins mata igrejas por asfixia.

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