quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tenho que reconhecer


Tenho que reconhecer; foi na igreja que encontrei o maior número de pessoas que me decepcionaram. Porém, foi lá que me deparei com as pessoas mais humanas que já conheci.

Tenho que reconhecer; foi na igreja onde minha vida deu um salto de qualidade imensurável. Mas reconheço que essa mudança não se deu pelo fato da assiduidade no templo, mas pelo adorno do Espírito.

Tenho que reconhecer; existem muitos líderes eclesiásticos que envergonham o Evangelho de Cristo. Todavia, encontrei muitos mentores no segmento religioso que moldaram meu modus vivendi.

Tenho que reconhecer; a doutrina rígida de minha comunidade de fé muito me ajudou a firmar meus passos no início da caminhada. Entretanto, o fundamentalismo exacerbado de minha denominação, às vezes, asfixia.

Tenho que reconhecer; achar o ponto de equilíbrio da vida cristã não é algo fácil. Apesar disso, caminhar entre os aparentes paradoxos, sem sair da linha tênue, me faz experimentar esse ponto de equilíbrio.

Tenho que reconhecer; o número de pessoas que se decepcionam com Deus a partir do estudo da Teologia é considerável. Porém, é através dela que tenho me aproximado cada vez mais desse Ser transcendente.

Tenho que reconhecer; a Bíblia é o nosso verdadeiro manual de regra e prática. Todavia, não saberia viver sem os livros que falam a respeito dela.

Tenho que reconhecer; existe um corrupto que habita em mim tentando todos os dias me fazer regressar à lama. Mas dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor que nos purifica de todo pecado.

Tenho que reconhecer; escrevo por um impulso desenfreado de transformar meus pensamentos desajustados em palavras. Entretanto, um dia aprenderei a arte do vernáculo.

Enfim, tenho que reconhecer tantas coisas...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Record x Globo


Nos últimos dias, a mídia tem focado um tema que foge um pouco do cardápio da Pizzaria SF (Senado Federal). A bola da vez agora é a guerra pelo poder de manter os telespectadores reféns de uma programação cada vez mais pobre, culturalmente falando. As protagonistas são a todo-poderosa Globo, da família Marinho, e a abençoada Record, do bispo Edir Macedo.

A teologia da prosperidade, pregada por Edir Macedo e seus discípulos, tem mostrado força no campo televisivo. A antes adversária da Globo - o SBT, de Silvio Santos - nem faz mais cócegas. O perigo sempre crescente tem outro nome: Record. No último dia 11, o Jornal Nacional, sob o comando de Willian Bonner e Fátima Bernardes, exibiu 10 minutos de denúncias contra Edir Macedo, a Igreja Universal e a Rede Record (uma verdadeira trindade).

Não foram, ao meu ver, simples denúncias, foram golpes de vale-tudo. Tem-se questionado muito se tais ataques (com procedência ou não) foram motivados pelo senso moral ou se há uma manobra para tentar minorar o avanço da Record. Desde então, a Globo tem dado um "soco" e tomado dois. Ela ataca à noite e a outra revida pela manhã.

Não defendo nenhuma, nem outra. No domingo (16), a Record preparou um programa inteiro para mostrar o lado negro da Globo. O Repórter Record (uma cópia do Globo Repórter), sob o comando de Marcos Hummel, levou a concorrente a nocaute, mostrando documentos, citando nomes, datas e lugares. O mais impressionante em tudo isso é que a emissora do bispo não se preocupou em se defender, mas em atacar. Não conseguiram, com isso, limpar o seu quintal; apenas mostrar que o quintal do vizinho também está sujo.

Duas grandes emissoras. Duas gigantes no campo da comunicação. Investimentos milionários. Seria tudo isso um teste de fé? Fé em quê ou em quem? Fé na imparcialidade da Globo - algo que não existe - no seu papel de comunicadora? Ou seria a fé na Record, cujo dono se diz representante de Deus? Não é apenas a religião institucionalizada que gera cegueira mental, a mídia quando nas mãos de pessoas inescrupulosas também cega. De onde saem as baixas nessa guerra?

Do lado de cá; do nosso lado. Somos nós os que perdem com essa luta frenética por audiência a todo custo. A pobreza cultural propagada pela televisão (não só a brasileira, mas especialmente ela) mantém as pessoas numa redoma de desconhecimento do que verdadeiramente é cultura. Dizer nos dias atuais "que vença a melhor", é relativo e já não tem mais a mesma força.

Num País onde impera a corrupção em todos os segmentos (inclui-se aqui o religioso), não basta ser o melhor. Muitas vezes, nem é o melhor quem vence, mas quem tem o poder de manipular as massas. O cantor e compositor Zé Ramalho usou sabiamente as palavras para mostrar a condição do povo brasileiro. Notem como as palavras parecem fruto de uma inspiração sólida e atual.

"Vocês que fazem parte dessa massa
Que passa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber
E ter que demonstrar sua coragem
À margem do que possa parecer
E ver que toda essa engrenagem
Já sente a ferrugem lhe comer
Êh, oô, vida de gado
Povo marcado
Êh,... [e ainda assim]* ... povo feliz!"
.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A reclamação do profeta


Todos nós temos um senso interno de justiça. Se um pai joga sua própria filha da janela do 6º andar e continua a viver como se nada tivesse acontecido, outros pais certamente se revoltariam e desejariam dar cabo da vida desse pai insano. Podemos discordar quanto ao que é justo ou não, mas todos nos pautamos por algum tipo de código interior.

E, para ser franco, a maior parte do tempo, a vida parece injusta. Que criança "merece" ser jogada da janela do 6º andar pelo próprio pai e pela madrasta? Que criança “merece” crescer nas favelas de Calcutá, Rio de Janeiro ou Bronx? Por que pessoas como Adolf Hitler, Joseph Stalin e Saddam Hussein conseguem se safar depois de oprimir milhões de pessoas? Por que pessoas tão meigas e gentis morrem no vigor de sua juventude, enquanto outras, vivem até uma velhice insuportável?

Todos nós fazemos versões diferentes dessas perguntas. Já o profeta Habacuque as fez direto para Deus, e recebeu uma resposta sincera. Habacuque não mede suas palavras. Exige que o Senhor explique por que Ele não reage diante da injustiça, da violência e do mal que o profeta vê a sua volta. Deus responde com a mesma mensagem que Ele transmitiu a Jeremias, dizendo que enviará os babilônios para punir Judá. Acontece que tais palavras de nada servem para confortar o profeta, pois os babilônios são um povo selvagem e sem piedade. Não é injusto usar uma nação ainda pior para castigar Judá?

O livro de Habacuque não oferece uma solução para o problema do mal. No entanto, as conversas do profeta com seu Deus convencem-no de uma certeza: o Senhor não perdeu o controle. Como Deus de justiça, Ele não pode deixar o mal vencer. Primeiro trará os babilônios conforme as regras que eles próprios estabeleceram. Então, mais tarde, intervirá com grande força, abalando os fundamentos da terra até que nenhum sinal de injustiça permaneça. "Mas a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas enchem o mar", Ele promete a Habacuque. Um vislumbre dessa glória poderosa muda a atitude do profeta de indignação para alegria. No curso do seu debate com Deus, Habacuque aprende lições sobre fé, expressas de maneira maravilhosa que seu livro, que começa com uma reclamação, termina com um dos mais belos cânticos encontrado na Bíblia.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Beber, cair e levantar


Blitz trabalhosa

Na estrada, um motorista estava andando a 150 km/h, até que foi parado por um guarda de trânsito. Muito constrangido, ele quis se justificar:

— Seu guarda, eu trabalho em um circo logo ali e estou atrasado para uma apresentação!
— Ah, é? O senhor é palhaço ou está achando que sou eu que sou?
— Não é nada disso, seu guarda... Eu sou malabarista — disse ele, apontando para uns bastões que estavam no banco traseiro.
— Ah é? — duvidou o policial — Então faz uma demonstração aí pra mim!
Mais do que depressa o sujeito pegou os bastões e começou a dar um show. Primeiro com três bastões, depois quatro, cinco, até sete de uma vez. Ele passava os bastões por baixo das pernas, jogava de costas, deitava no chão, enfim, dava um show particular para o policial, que já estava até pensando em cancelar a multa.
Enquanto isso, um outro policial parou o carro de um bêbado, que saiu do carro cambaleando, viu o malabarista com os bastões e disse:
— Meu Deus, eu preciso parar de beber! Esse tal teste do bafômetro está ficando cada vez mais complicado...


Tratamento de choque

O bêbado vai ao médico curar a ressaca e acaba tomando uma bronca:

— O senhor precisa parar de beber imediatamente!
— Parar de beber? — pergunta ele, incrédulo.
— Parar de beber pinga! — acrescenta o doutor — A partir de hoje você não toma mais uma gota de álcool! Só leite, durante dois anos!
— Mas doutor... Outra vez?
— Por quê? O senhor já fez este tratamento?
— Claro... Passei dois anos tomando leite, leite, leite... E não adiantou nada...
— Mas... Quando foi isso? — perguntou o médico, penalizado.
— Ah, faz tempo... Esses foram os dois primeiros anos da minha vida!


Desejo de bêbado

Dois bêbados estavam pescando numa lagoa, quando de repente vêem uma garrafa flutuando. Um deles a apanha, abre-a e aparece um gênio.
— Por ter me libertado, eu vos concedo um desejo!
E o bêbado:
— Quero que você transforme toda a água dessa lagoa em cerveja.
E num piscar de olhos, a lagoa inteira transformou-se em cerveja.
Nem bem o gênio havia virado as costas e o outro bêbado reclamou:
— Mas que merda de desejo, hein? Agora vamos ter que mijar dentro do bote!


No velório

Terminado o velório, os agentes da funerária começam a fechar o caixão. Desesperada, a viúva se atira sobre o corpo do marido e começa a soluçar:

— Ai, meu querido! Eles vão te levar para onde não há luz, não há comida, não há bebida, não há nada...
Ao que um bêbado encostado na soleira da porta resmunga:
— Não é que vão levar esse desgraçado lá pra casa!!


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Um grande amigo


Hoje acordei com uma vontade imensa de homenagear um grande amigo. Ou como ele mesmo diz: “meu irmão de alma”.

Nossas histórias são muito parecidas. 1 mês e 22 dias separam nossas datas de nascimento.
Falar do Bill é remontar um passado de 30 anos, e lembrar de nossa infância. Seu nome na verdade é Delair, mas ele não gosta muito que o chamem assim. Seu apelido surgiu de um grupo infantil dos anos 80 chamado Balão Mágico. Quem não se lembra do Juninho Bill? Tempos bons àqueles onde as crianças eram bem mais ingênuas do que as de hoje. Nossas brincadeiras eram saudáveis, não tinha internet nem celulares.

No tempo da adolescência éramos os rebeldes da vizinhança. Bailes funk’s com muita Treenere e Stevie Bee eram nossos programas favoritos. Isso sem falar dos pagodes. Éramos referência para os mais novos. Mas chegando a fase adulta, nossos estilos de vida nos afastaram um pouco. Mas nem por isso deixamos de ser bons amigos, pois a verdadeira amizade perdura para sempre.

Hoje os nossos caminhos são bem diferentes. Queria poder vê-lo ao meu lado, caminhando comigo na vida cristã.

Olho para o passado e vejo quanto minha vida mudou depois de conhecer Cristo e não tenho dúvidas de que se meus amigos seguissem o mesmo caminho, tudo seria diferente. Eu sei que os prazeres que cercam a juventude, como bebidas, mulheres, músicas sensuais e outras coisas mais, fazem com que os caminhos que levam à igreja sejam sufocados por todos estes prazeres. Eu vivi tudo isso. Conheço muito bem esse lado da vida. Tinha muitos “amigos”, mas tem uma hora que agente cansa dessa vida de superficialidade. As pessoas só são “amigas” quando você tem algo a oferecer. Foi por isso que Jesus disse que deveríamos negar a si mesmo e tomar nossa cruz. O evangelho é uma vida de renúncia.

Mas continuarei aguardando meu amigo. Quem sabe ele canse dessa vida também. Por que o desejo de Deus é que todo homem chegue ao arrependimento e se converta a uma vida plena com Jesus.

Mil felicidades para ti e sua família. Que os bons olhos de Deus possam estar direcionados para ti, colocando um desejo em seu coração de um dia você e sua família possam estar juntos conosco em comunhão na igreja.

Te amo amigo!!!

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