Causou-me grande impacto o fato de que as impressões comuns que temos de Deus podem ser bem diferentes do Deus que a Bíblia de fato retrata. Como ele realmente é? Na igreja e numa faculdade cristã aprendi a pensar em Deus como um espírito imutável e invisível, que possuía qualidades tais como onipotência, onisciência e impassibilidade (incapacidade de emoções). Essas doutrinas, que teriam o objetivo de nos ajudar a compreender o ponto de vista de Deus, podem ser encontradas na Bíblia, mas estão bem escondidas.
Lendo a Bíblia simplesmente, encontrei não uma névoa esfumaçada, mas uma Pessoa de verdade. Uma Pessoa tão singular e única e cheia de vida como qualquer outra pessoa que conheço. Deus tem emoções profundas; ele sente prazer, frustração e ira. Nos Profetas, ele chora e geme de dor. Em Isaías, ele se compara a uma mulher dando à luz: "Darei gritos como a que está de parto, e ao mesmo tempo ofegarei e estarei esbaforido." Vez após vez Deus fica chocado com o comportamento de seres humanos. Quando os israelitas praticam o sacrifício de crianças, ele parece atordoado por ações que — é um Deus onisciente que está falando aqui — ''nunca lhes ordenei, nem falei, nem me passou pela mente". Ele explica a necessidade de punir ao indagar com lamento: "De que outra maneira procederia eu?"Às vezes, após tomar uma decisão, ele "muda de idéia". Sei que a palavra “antropomorfismo” tem a finalidade de explicar todas essas características próprias do ser humano. Mas, com certeza, as imagens que Deus "toma emprestado" da experiência humana apontam para uma realidade ainda mais forte.
Enquanto eu lia a Bíblia de ponta a ponta em meu refúgio de inverno, eu me maravilhava com o quanto Deus permite que seres humanos o afetem. Eu estava despreparado para a alegria e angústia — a paixão — do Deus do Universo. Ao estudar sobre Deus, ao domesticá-lo e reduzi-lo a palavras e idéias que se podem classificar em ordem alfabética, eu tinha perdido a força do relacionamento intenso que Deus busca acima de tudo mais. Aqueles que se relacionaram melhor com Deus — Abraão, Moisés, Davi, Isaías, Jeremias — trataram-no com intimidade chocante. Conversaram com Deus como se ele estivesse sentado numa cadeira ao lado deles, assim como alguém conversaria com um conselheiro, um chefe, um pai ou um amante. Trataram-no como a uma pessoa.
Aquela viagem ao Colorado pôs minhas três perguntas sobre a desilusão com Deus sob uma nova luz. Elas não são quebra-cabeças à espera de uma solução, tal como você encontraria no campo da matemática ou da programação de computadores, ou mesmo da filosofia. Em vez disso, são problemas de relacionamento entre nós, seres humanos, e um Deus que deseja desesperadamente amar e ser amado por nós.
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Extraído do livro "Decepcionado com Deus"Lendo a Bíblia simplesmente, encontrei não uma névoa esfumaçada, mas uma Pessoa de verdade. Uma Pessoa tão singular e única e cheia de vida como qualquer outra pessoa que conheço. Deus tem emoções profundas; ele sente prazer, frustração e ira. Nos Profetas, ele chora e geme de dor. Em Isaías, ele se compara a uma mulher dando à luz: "Darei gritos como a que está de parto, e ao mesmo tempo ofegarei e estarei esbaforido." Vez após vez Deus fica chocado com o comportamento de seres humanos. Quando os israelitas praticam o sacrifício de crianças, ele parece atordoado por ações que — é um Deus onisciente que está falando aqui — ''nunca lhes ordenei, nem falei, nem me passou pela mente". Ele explica a necessidade de punir ao indagar com lamento: "De que outra maneira procederia eu?"Às vezes, após tomar uma decisão, ele "muda de idéia". Sei que a palavra “antropomorfismo” tem a finalidade de explicar todas essas características próprias do ser humano. Mas, com certeza, as imagens que Deus "toma emprestado" da experiência humana apontam para uma realidade ainda mais forte.
Enquanto eu lia a Bíblia de ponta a ponta em meu refúgio de inverno, eu me maravilhava com o quanto Deus permite que seres humanos o afetem. Eu estava despreparado para a alegria e angústia — a paixão — do Deus do Universo. Ao estudar sobre Deus, ao domesticá-lo e reduzi-lo a palavras e idéias que se podem classificar em ordem alfabética, eu tinha perdido a força do relacionamento intenso que Deus busca acima de tudo mais. Aqueles que se relacionaram melhor com Deus — Abraão, Moisés, Davi, Isaías, Jeremias — trataram-no com intimidade chocante. Conversaram com Deus como se ele estivesse sentado numa cadeira ao lado deles, assim como alguém conversaria com um conselheiro, um chefe, um pai ou um amante. Trataram-no como a uma pessoa.
Aquela viagem ao Colorado pôs minhas três perguntas sobre a desilusão com Deus sob uma nova luz. Elas não são quebra-cabeças à espera de uma solução, tal como você encontraria no campo da matemática ou da programação de computadores, ou mesmo da filosofia. Em vez disso, são problemas de relacionamento entre nós, seres humanos, e um Deus que deseja desesperadamente amar e ser amado por nós.
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Philip Yancey
Um comentário:
Paz do SENHOR!
Impressionante...
Muitas vezes temos idéias erronias da personalidade do SENHOR.
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