sábado, 24 de janeiro de 2009

A opção entre ficar e correr



Como viver no meio de um povo que não conhece Jesus, que não segue a Palavra de Deus?
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Eu costumava pensar que, na maioria das vezes, deveria me restringir às pessoas que adotam um comportamento irrepreensível para mim, como cristã. Melhor ficar e ser uma luz, alguém que vive de acordo com o Senhor no meio de incrédulos, do que sair a talvez dar a impressão de que me considero boa demais para eles. Se cedesse ao pecado ou sofresse de alguma forma, a culpa seria minha, imaginava. Não tinha confiado o suficiente na força do Senhor.
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Depois disso, tomei conhecimento e compreendi melhor as admoestações de Paulo a Timóteo. Ele Escreveu: “Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tm 2.22). Paulo não aconselha Timóteo a ficar e permanecer forte no meio do pecado. Ele lhe diz que corra no sentido contrário.
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Talvez com trinta e poucos anos na época, é provável que Timóteo tenha se achegado a Cristo depois de conhecer o apóstolo. Na época, devia saber muito bem como eram os “desejos malignos da juventude”, ou “paixões” como coloca a versão Revista e Atualizada. Paulo ensinou Timóteo e a nós que, em determinadas situações de risco, os cristãos deveriam se retirar. Às vezes, é evidente que Deus prefere nos ver cercados de pessoas que “invocam o Senhor”.
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C.S. Lewis ajuda a esclarecer o problema: “O que torna o contato com pessoas ímpias tão difícil é que lidar com a situação de modo bem-sucedido exige não apenas boas intenções, mesmo acrescidas de humildade e coragem; pode requerer talento social a até intelectual que Deus não nos deu. Portanto, não é uma questão de farisaísmo mas de mera prudência evita-lo quando pudermos.”
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Lewis e Paulo entendiam que crentes ainda são humanos. Temos o Espírito de Deus e seu poder, mesmo assim, às vezes falhamos. O Senhor pede para que, quando as tentações óbvias se aproximam, fujamos em vez de nos expormos àquilo com o que podemos não ser capazes de lidar.
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Precisamos de um equilíbrio, claro. Jesus nos serviu de modelo desse equilíbrio, gastando tempo com os pecadores mais comuns. Até Paulo avisa Timóteo que ele deve “corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade” (2Tm 2.25,26).
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Como Timóteo, com certeza nos associaremos diversas vezes a pessoas que vivem e crêem diferentemente de nós. Deus nos pede para sermos fiéis e mansos, para evitar discussões sem deixarmos de ser honestos (2Tm 2.24). Com sua ajuda, devemos decidir que atitude tomar em cada situação. Primeiro e acima de tudo buscamos preservar a fidelidade ao Senhor. Então, quando ele nos der força e ousadia, podemos entrar nas vidas daqueles que precisam de ajuda para segui-lo.
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Extraído do livro "A Bíblia, minha companheira", PY, BQ.

Um comentário:

Anônimo disse...

Junior,

Creio que se afastar dos pecadores é tão errado quanto participar de suas práticas. É claro que é mais fácil ser santo entre santos, mas fomos enviados aos perdidos.

O que devemos procurar sempre é nos aproximar dos pecadores, sem contudo se associar ás suas práticas ou adotar os seus valores.

Então, devemos "ficar correndo" :-)

Clóvis

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