Nenhum sistema moral será possível a menos que o indivíduo seja considerado responsável pelas suas ações e decisões. Não poderá ser julgado se não lhe foi dada escolha, e se agiu debaixo de pressão, vinda da parte de sua natureza perdida, por opressão do diabo ou por permissão de Deus. O julgamento, em todas as sociedades humanas, se baseia na premissa que um homem podia ter agido de outra maneira, se assim tivesse querido fazê-lo. Todos os sistemas éticos, a recompensa pelas boas ações e o castigo pela má conduta, dependem do fato de que um homem poderia ter agido diferentemente, se assim desejasse. Ninguém merecerá recompensa pelo bem praticado, se porventura isso não partiu de sua própria vontade, ainda que a influência divina é que o tenha levado a essa atitude.
Alguns apologistas como Norman Geisler, irão declarar que o fato de não considerar o livre-arbítrio no homem é destruir o poder e a justiça de todo o mandamento moral que há nas Escrituras. Além disso, consideremos que as Escrituras ensinam que o homem pode falhar, até mesmo após a sua conversão. Notemos, especialmente em Filipenses 2:12, como a questão inteira da salvação é apresentada de tal modo que a poderíamos comparar com uma estrada de duas vias: uma humana e outra divina.
Há na salvação o encontro e o intercâmbio entre Deus e o homem. Todos os mandamentos que nos impelem à ação moral, conforme se vê nos capítulos terceiro e décimo segundo das epístolas aos Colossenses e aos Romanos, respectivamente, bem como em todas as demais passagens bíblicas que versam sobre a conduta humana, nada significariam, a menos que o homem pudesse ser-lhes obediente ou desobediente, de conformidade com a aceitação ou a rejeição que fizer da vontade divina, que sobre ele atua. Simplesmente não há como alguém erguer um sistema moral, com exigências e advertências válidas, com recompensas e punições, a menos que o homem possua livre-arbítrio, a menos que possa ceder aos impulsos divinos ou resistir aos mesmos. A Bíblia inteira, tanto em seu convite à salvação como em seu sistema ético, se alicerça nesse fato. O homem certamente é livre para escolher, contudo, sobre a decisão dos fatos que circundam a escolha, falaremos em artigo próximo.
Por Valtencir Alves
2 comentários:
Junior,
Faço algumas considerações sobre os pontos levantados pelo autor do texto:
1. A relação entre responsabilidade e livre-arbítrio jamais foi provada;
2. Escolhas isentas de influências são uma ilusão;
3. A Bíblia baseia a responsabilidade em outros fatores e não no livre-arbítrio.
Desenvolvi esses pontos no artigo Sobre livre-arbítrio e responsabilidade e apreciaria sua consideração do mesmo.
Em Cristo,
Clóvis
Junior,
Faço algumas considerações sobre os pontos levantados pelo autor do texto:
1. A relação entre responsabilidade e livre-arbítrio jamais foi provada;
2. Escolhas isentas de influências são uma ilusão;
3. A Bíblia baseia a responsabilidade em outros fatores e não no livre-arbítrio.
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Nos temos a obrigação moral de escolher a benevolencia desinteressada (amor) como um fim ultimo é obivio que a benevolencia interessada (egoísmo) precisa ser rejeitado. Eu acho que isso é o suficiente para provar que nos temos a responsabilidade pessal de tomor decisoes morais
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