Fazendo uma de minhas releituras, encontrei um trecho interessante no livro de Philip Yancey, O Jesus que eu nunca conheci. Numa simples analogia, o autor retrata muito bem a história da Encarnação.
“Aprendi acerca da encarnação quando mantive um aquário de água salgada. Gerenciar um aquário marinho, descobri, não é tarefa fácil. Precisava manejar um laboratório químico portátil para monitorar os níveis do nitrato e o conteúdo de amônia. Bombeava dentro dele vitaminas, antibióticos e sulfa, e enzimas suficientes para fazer crescer uma rocha. Filtrava águas por meio de fibras de vidro e carvão, e o expunha à luz ultravioleta. Era de esperar que, à vista de toda essa energia despendida em benefício dos meus peixes, eles ficassem pelo menos gratos. Mas não. Toda vez que minha sombra aparecia por cima do tanque, eles mergulhavam em busca de abrigo na concha mais próxima. Demonstravam só uma “emoção”: medo. Embora eu abrisse a tampa e jogasse dentro alimentos em horários regulares, três vezes ao dia, reagiam a cada visita como sinal certo de meus desígnios de torturá-los. Eu não podia convencê-los de minha verdadeira preocupação.
Para os peixes eu era a divindade. Era grande demais para eles; minhas ações, incompreensíveis demais. Meus atos de misericórdia, eles os viam como crueldade; minhas tentativas de curá-los, consideravam-nas destruição. Mudar suas perspectivas, comecei a entender, exigia uma forma de encarnação. Eu teria de me tornar um peixe e “falar” a eles em uma linguagem que pudessem entender.
Um ser humano transformando-se em peixe não é nada se comparando a Deus tornando-se um bebê. E, de acordo com os evangelhos, foi o que aconteceu em Belém. O Deus que criou a matéria tomou forma dentro dela, como um artista que se tornasse uma mancha em uma pintura ou o autor de uma peça que se transformasse em um personagem dentro de sua própria peça. Deus escreveu uma história nas páginas da história real utilizando apenas personagens verdadeiros. A Palavra se tornou carne”.
“Aprendi acerca da encarnação quando mantive um aquário de água salgada. Gerenciar um aquário marinho, descobri, não é tarefa fácil. Precisava manejar um laboratório químico portátil para monitorar os níveis do nitrato e o conteúdo de amônia. Bombeava dentro dele vitaminas, antibióticos e sulfa, e enzimas suficientes para fazer crescer uma rocha. Filtrava águas por meio de fibras de vidro e carvão, e o expunha à luz ultravioleta. Era de esperar que, à vista de toda essa energia despendida em benefício dos meus peixes, eles ficassem pelo menos gratos. Mas não. Toda vez que minha sombra aparecia por cima do tanque, eles mergulhavam em busca de abrigo na concha mais próxima. Demonstravam só uma “emoção”: medo. Embora eu abrisse a tampa e jogasse dentro alimentos em horários regulares, três vezes ao dia, reagiam a cada visita como sinal certo de meus desígnios de torturá-los. Eu não podia convencê-los de minha verdadeira preocupação.
Para os peixes eu era a divindade. Era grande demais para eles; minhas ações, incompreensíveis demais. Meus atos de misericórdia, eles os viam como crueldade; minhas tentativas de curá-los, consideravam-nas destruição. Mudar suas perspectivas, comecei a entender, exigia uma forma de encarnação. Eu teria de me tornar um peixe e “falar” a eles em uma linguagem que pudessem entender.
Um ser humano transformando-se em peixe não é nada se comparando a Deus tornando-se um bebê. E, de acordo com os evangelhos, foi o que aconteceu em Belém. O Deus que criou a matéria tomou forma dentro dela, como um artista que se tornasse uma mancha em uma pintura ou o autor de uma peça que se transformasse em um personagem dentro de sua própria peça. Deus escreveu uma história nas páginas da história real utilizando apenas personagens verdadeiros. A Palavra se tornou carne”.
20 comentários:
A vós, irmão Junior, a graça e a paz da parte de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo!
Fiel é a Palavra de Deus que, nos testifica do Amor infinito de Deus pela sua tão perfeita obra, sua imagem e semelhança, "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...", "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."
Deus abençoe ao amado e aos seus ricamente.
Temos a alegria de recomendar este rico espaço em nosso humilde blog.
Fraternalmente.
James.
www.jesusmaioramor.blogspot.com
Grande James!
Obrigado pela recomendação.
Seus ricos textos também estão sendo indicados em nosso "cantinho".
Graça e Paz sobre tua vida.
Paz irmão Junior, Que post edificante este. Foi o cumprimento da profecia que seu nome seria chamado EMANUEL (traduzido é DEUS conosco, corroborando com o texto de João 1. Que nos fala que Ele tomou a vestidura humana, e entre nós habitou).
Deus continue lhe abençoando, e este seu espaço de edificação, já está entre os meus favoritos no PECADOFOBIA.
http://pecadofobia.blogspot.com/
Paz em Cristo,
B.O.S
A paz do Senhor, caro Junior! Como não poderia deixar de ser o brilhante Philip Yancey traduz de modo muito simples o que para muitos é complicado, a encarnação. Para mim, o mais sensacional do Cristianismo é o fato de ser a única religião que apresenta um Deus se tornando um de nós, a fim de que possa interceder por cada um de nós junto ao Pai, como afirma Hebreus.
Que o Senhor o abençoe!
Miriam Reiche
Os homens querem ser deuses;
Deus nos ensinou a ser homens...
Obrigado por essa "degustação"
do Yancey, Junior.
Abraço fraterno,
Elias Aguiar
E o mais interessante de tudo isso é que, por mais que o autor quisesse, ele não poderia se tornar um peixe como eles, ou talvez não tivesse a necessidade de fazê-lo. Mas Deus, em seu infinito amor, para nos trazer de volta a si, tornou-se um de nós... Que amor! Vir como um pequeno embrião para depois morrer numa morte atroz como aquela para nos garantir a salvação! Glórias ao nosso Deus pelo seu amor!
Amado Júnior, graça e paz.
Valeu pela constante lembrança, e pelo link. Já linkei seu blog no nosso Arsenal também.
Um abração do irmão Sammis Reachers
Prezada Mirian!
Que devo a honra de sua presença neste humilde Blog!?!
Realmente Yancey é fantástico em suas ilustrações e analogias.
Costumo dizer que Deus poderia nos resgatar das mãos do inimigo com todo Seu poder; estremecendo os céus e a terra. Mas Ele preferiu se revelar em amor, através da encarnação.
Graça e Paz minha presidente.
Sempre unidos para impactar.
Caro Bruno!
Agradeço por ter sua indicação em seu Blog. Fique sempre a vontade em passar por aqui e deixar sua contribuição.
No amor do Verbo que se fez carne,
Junior
Prezado Elias!
Perfeita colocação a sua.
Enquanto Jesus negou as tentações de Satanás no deserto, muitos estão embarcando nessa de "poder". As mentes chegam a estarem cauterizadas pela cobiça de chegar ao topo, e esquecem que Jesus nos ensinou totalmente o oposto. "Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós será como o menor; e quem governa como quem serve" (Lc 22.26)
Realmente Paulo Adriano!
Esse intenso amor nos constrange.
Louvado seja Deus por enviar Seu Filho em um ato de compaixão por nossa miséria.
No amor do Verbo que era Deus,
Junior
Grande Samis,
Obrigado por nos recomendar.
Volte sempre para nos deixar sua preciosa contribuição.
Graça e Paz sobre ti e família
Junior
Júnior,
Já li uma história semelhante a essa, contada por Billy Graham, só que em vez de peixes era formigas, porém a narrativa era bela como esta.
Graça e Paz.
Graça e Paz Juber!
Que bom vc por aqui!
A história das formigas eu não conheço, mas partindo de Billy Graham, deve ser ótima.
Abraços
Junior, vamo atualizar, né??? Tô esperando. Rs.
Abraços e paz! E muito obrigado por sempre comparecer lá no blog.
Caro Junior,
Parabéns pelo Blog. Foi bom investir tempo aqui apreciando os seus posts.
Um abraço
Paulo Silvano
Os escritos de Philip Yancey são tremendamente confrontadoras e excitantes.
No entanto, com todo respeito dos que pensam diferente de mim, parei de ler e não indico seus escritos.
Calma, vou explicar, antes que alguém atire a primeira pedra.
Após sua entrevista à Candace Chellew-Hodge, líder de uma igreja gay nos Estados Unidos (leia no blog http://teologiadagraca.blogspot.com/2008/08/de-que-lado-realmente-est-phillip.html) onde afirma que homossexualidade não contradiz com as Escrituras Sagradas, e cita com as seguintes palavras: “Como tenho freqüentado igrejas de lésbicas e gays, fico triste porque a igreja evangélica em sua maioria não tem espaço para os homossexuais. Tenho encontrado maravilhosos e compromissados cristãos que freqüentam a MCC [Metropolitan Community Church, uma igreja organizada especificamente para homossexuais] e gostaria que as outras igrejas se beneficiassem da fé desses cristãos gays”; o meu respeito por ele caiu.
Mas uma pessoa que precisa ser alcançada pela verdadeira graça do Senhor Jesus que ele tanto prega e diz crer.
Caro Mozart!
Entendo sua precaução. Tenho acompanhado todos os comentários a respeito de Philip Yancey. Porém, não acho que devemos descartar todos seus escritos por isso.
Silas Daniel já escreveu um excelente post sobre os eventuais desvios dele (www.silasdaniel.blogspot.com), mas não podemos crucificá-lo, nem jogar seus escritos na fogueira.
No mais, continuo a me deliciar em seus vernáculos não muito ortodoxos.
Paz,
Junior
Querido Junior,
Concordo plenamente com o irmão a respeito da não necessidade de descartar todos os escritos de Philip Yancey.
Mas deixo um pergunta: Não existe em nosso meio livros excelentes quanto o dele cujos autores não se deleitam em teologia neo-ortodoxa ou liberal? E as nossas editoras não tem nada a oferecer?
Uma sugestão seria os livros da Chamada da Meia-Noite.
Um abraço,
Pr Mozart Paulino
Amado Mozart,
Com certeza existem muitos autores literários exímios que seguem uma linha mais conservadora. Portanto, como outrora disse, não deixarei de ler suas composições por causa de um suposto desvio.
Lemos jornais e revistas escritas por pessoas ímpias; por que esse preconceito com um desvio que surgiu de uns tempos p/ cá?
Saliento que não estou saindo em defesa de Yancey, mas acho que devemos equilibrar nossas ponderações.
Abraços fraternais
Postar um comentário