Quando leio os evangelhos, costumo sentir alívio ao pensar que Deus resolveu colocar-me na Terra agora e não na época de Jesus. Parte de mim inveja aqueles que puderam vê-lo, ouvi-lo e tocá-lo ao vivo. Esta parte de mim sonha que a vida seria muito mais fácil se Ele estivesse aqui na minha frente em carne, disponível para responder minhas perguntas face a face. Porém uma porção maior de mim suspeita que isso não seria verdade. Eu acharia mais fácil tomar decisões depois de ouvir o ponto de vista de Jesus sobre determinado assunto? Minha vida se tornaria mais fácil depois de vê-lo e tocar-Lhe a presença física?
Conheço minha natureza desconfiada. Se eu vivesse naquela época, é provável que, prontamente, me enquadrasse entre as multidões que O seguiam, atônito com seu poder de operar milagres e emocionado com seu amor, mas ainda assim, cético quanto a sua afirmação despretensiosa de ser Deus. Espero que, se me fosse dada a chance, eu soubesse discernir a verdade de quem Jesus era. Mas não foi o que aconteceu com muita gente, por que comigo seria diferente? Eu seria melhor que os fariseus? Também sei me considerar virtuoso, convicto de conhecer a mente de Deus, assim como a oração daquele publicano hipócrita. Ao ler as várias passagens que Jesus repreende os fariseus, eu, às vezes, estremeço, sentindo sua repreensão me atingindo perto demais.
Também consigo me identificar com os discípulos mais próximos de Jesus. Mesmo tendo visto meu mestre transfigurado sobre o monte e ouvido Deus recomendá-lo em voz audível, com certeza eu seria tomado de pavor, como aconteceu com Pedro, e diria alguma bobagem. Ou, apesar da inclinação literária, também ficaria confuso em minha ignorância diante do uso óbvio que Jesus fazia das metáforas. Jesus certa vez disse “estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus”, ora, em minha interpretação literal, diria que “Jesus só está querendo dizer para nos lembrarmos de trazer mais pão da próxima vez”. (Risos)
Sim, receio que, se trazido à Terra naquela época, eu deixaria Jesus tão irritado quanto a maioria dos que O conheciam. Hoje tenho a Bíblia aberta na minha frente. Posso estudar sua vida do começo ao fim e ler as profecias sobre sua vinda, bem como o ensino dos apóstolos posteriores a sua partida. Tenho acesso a inúmeros livros e mestres capazes de mostrar para mim as verdades que Jesus veio revelar. E mais, conto com seu Espírito vivendo em meu interior – Jesus em mim revelando a si mesmo. Não posso reclamar. Tenho tudo que preciso para conhecê-lo do jeito que Ele de fato é e amá-lo com minha vida.
Apesar de tanta informação e tantas oportunidades, ainda estou tentando compreender Jesus. Há apenas 5 anos caminho com Ele; mesmo assim, percebi que mal arranhei a superfície do conhecimento desse Salvador que chamo de meu. Sei que não poderia viver sem Ele. Sei que Ele me transformou e a tudo que faz parte da minha vida. Jesus disse “minhas ovelhas me conhecem”, mas sei que preciso continuar aprendendo para conhecê-lo melhor.
Conheço minha natureza desconfiada. Se eu vivesse naquela época, é provável que, prontamente, me enquadrasse entre as multidões que O seguiam, atônito com seu poder de operar milagres e emocionado com seu amor, mas ainda assim, cético quanto a sua afirmação despretensiosa de ser Deus. Espero que, se me fosse dada a chance, eu soubesse discernir a verdade de quem Jesus era. Mas não foi o que aconteceu com muita gente, por que comigo seria diferente? Eu seria melhor que os fariseus? Também sei me considerar virtuoso, convicto de conhecer a mente de Deus, assim como a oração daquele publicano hipócrita. Ao ler as várias passagens que Jesus repreende os fariseus, eu, às vezes, estremeço, sentindo sua repreensão me atingindo perto demais.
Também consigo me identificar com os discípulos mais próximos de Jesus. Mesmo tendo visto meu mestre transfigurado sobre o monte e ouvido Deus recomendá-lo em voz audível, com certeza eu seria tomado de pavor, como aconteceu com Pedro, e diria alguma bobagem. Ou, apesar da inclinação literária, também ficaria confuso em minha ignorância diante do uso óbvio que Jesus fazia das metáforas. Jesus certa vez disse “estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus”, ora, em minha interpretação literal, diria que “Jesus só está querendo dizer para nos lembrarmos de trazer mais pão da próxima vez”. (Risos)
Sim, receio que, se trazido à Terra naquela época, eu deixaria Jesus tão irritado quanto a maioria dos que O conheciam. Hoje tenho a Bíblia aberta na minha frente. Posso estudar sua vida do começo ao fim e ler as profecias sobre sua vinda, bem como o ensino dos apóstolos posteriores a sua partida. Tenho acesso a inúmeros livros e mestres capazes de mostrar para mim as verdades que Jesus veio revelar. E mais, conto com seu Espírito vivendo em meu interior – Jesus em mim revelando a si mesmo. Não posso reclamar. Tenho tudo que preciso para conhecê-lo do jeito que Ele de fato é e amá-lo com minha vida.
Apesar de tanta informação e tantas oportunidades, ainda estou tentando compreender Jesus. Há apenas 5 anos caminho com Ele; mesmo assim, percebi que mal arranhei a superfície do conhecimento desse Salvador que chamo de meu. Sei que não poderia viver sem Ele. Sei que Ele me transformou e a tudo que faz parte da minha vida. Jesus disse “minhas ovelhas me conhecem”, mas sei que preciso continuar aprendendo para conhecê-lo melhor.
12 comentários:
Uau! Que texto maravilhoso, Júnior!
Rapaz, será que nós seríamos como os discípulos, como a multidão ou como os fariseus? É um dilema, né? Não podemos prever. Mas graças a Deus que sua graça e misericórdia nos alcançaram hoje mesmo. Sugamos firme no propósito de um dia vê-lo face a face! Abraços, chefe!
[i][b]Deus não pergunta se você tem habilidade ou não. Ele deseja saber se está disponível.[/i][/b]
O grande segredo de se ter uma vida feliz diante do Senhor é estar sempre à disposição para fazer a Sua vontade. Quando Lhe dizemos: "Eis-nos aqui", Ele nos prepara e capacita para sermos uma bênção em Suas mãos. [i]Paulo Barbosa[/i]
Grande Paulo!
Eis o dilema. Talvez seríamos uma junção dos três.
Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. (Rm 11.33-36)
É verdade. Apenas tangenciamos o conhecimento dessa maravilhosa graça, desse profundo amor, de Jesus, o Cristo.
Efésios, 3:14
"Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, do qual toda família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus."
Amém, irmão. Belo texto!
Caro Sílvio!
Realmente! Só temos um vislumbre desta inaudita graça derramada sobre nós pecadores.
Sua contribuição é de grande valia neste espaço. Volte sempre.
No amor dAquele que nos une,
Junior
Provavelmente muitos de nós; com a mentalidade que temos hoje , até mesmo dentro das igrejas; iríamos negar a face divina de Jesus. Pois estaríamos presos à mesma coisa que nos prende hoje: nossa religiosidade.
Estamos fechados em um mundo de preconceitos e regras eclesiásticas que muitas vezes nos impede de ver o real legado de Cristo. Legado este que certamente não é isso que chamamos de religião.
Um abraço fraterno,
Martins
Irmão Junior, que o Senhor te abençoe mais e mais e que haja mais espaços como este para a Palavra de Deus e os amantes da sã doutrina na Internet.
Parabéns por seu site também.
Grande Martins!
Talvez Karl Marx estivesse certo em dizer que "a religião é o ópio do povo".
Essa nossa religiosidade às vezes nos mascara de quem realmente somos.
Grato pela sua rica contribuição.
Seu Blog está excelente.
Abraços
Graça e Paz Sílvio!
Suas palavras muito me alegra e nos impulsionam a prosseguir.
Seu espaço também está exímio.
Conto com sua contribuição em nosso humilde cantinho.
Abraços
Junior
Certamente, meu caro Junior.
A religiosidade, quando toma o lugar da verdadeira mensagem da Bíblia, nos é inebriante; e nos traz os mesmos efeitos do famigerado "suco de papoula".
Mais uma vez somos confrontados com uma verdade vinda de fora do "gueto" evangélico, que chega violentamente de encontro a nossas caras.
Inclusive, essas frases e discursos de não-cristãos que nos fazem enxergar além de nossos próprios umbigos, serão temas de uma série de artigos lá no Cabeça de Crente. Fique ligado.
Em tempo,
Grato pelo link (que será certamente retribuido).
Abraços,
Martins
Grande Martins!
Esse compêndio de artigos a respeito das máximas ditas e escritas por gente de fora dos nossos arraiais vai dar o que falar.
Aguardo ansioso.
No amor de Cristo.
Junior,
Maravilhosa reflexão essa sua. O bom é caminhar com Jesus, não importa o tempo de caminhada, pois no Reino de Deus, Ele mesmo disse que os últimos serão os primeiros. Eu caminho com Cristo há 26 anos, você a cinco, mas o que importa isso? Se para Deus um dia é como mil anos, e mil anos como um dia? Vamos seguí-lo em fé sem olhar para os lados, mas somente para Jesus (Mateus 17:8). Parabéns pela postagem.
Graça e Paz, Nele em quem todo dia é um dia chamado HOJE.
Caro Juber,
Pertinente sua colocação. A parábola dos trabalhadores da vinha (Mt 20) retrata muito bem esse seu conceito.
No amor dAquele que nos chama ao Seu serviço.
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