terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dizem por aí


Dizem por aí, que Deus é tão soberano, a ponto de excluir a liberdade humana para fazer o que propôs em Seu coração. Visto que não existiria amor sem liberdade, não me vejo a acreditar nestes pressupostos conceitos de “soberania”.

Dizem por aí, que incondicionalmente, Deus escolhe seus eleitos para vida eterna e outros para perdição. Visto que as condições impostas por Deus em toda Bíblia dão sempre opções de dois caminhos ao homem (obedecer ou desobedecer), não me vejo a acreditar neste suposto conceito de “incondicionalidade”.

Dizem por aí, que Deus é responsável por tudo que acontece de bom e de ruim. Visto que esse conceito irrevogável da responsabilidade de Deus o coloca culpado de tudo, não me vejo a acreditar neste fatalismo “muçulmano”.

Dizem por aí, que todos aqueles que disserem “sim” a um apelo de aceitar a Cristo como seu Salvador, terá sua morada garantida no céu. Visto que nem todos que dizem “sim” ao apelo passam realmente por uma metanóia, me vejo a não acreditar nestas supostas conversões em massa que temos visto em tempos modernos.

Dizem por aí, que Jesus Cristo foi apenas um grande homem iluminado. Visto que a transformação de minha vida se deu única e exclusivamente pelo poder de sua ressurreição, me vejo a acreditar que Jesus Cristo foi tanto um homem iluminado, como o Deus único e verdadeiro.

Dizem por aí, que "quem tem promessa não morre". Visto que o escritor aos hebreus salienta que “todos estes (os heróis da fé do AT), tendo sido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa”, me vejo a não acreditar nestes clichês dos pregadores atuais.

Dizem por aí, que "quem não faz barulho está com defeito de fabricação". Visto que não consigo enxergar o apóstolo Paulo, ou até mesmo Jesus, gritando, "sapateando" ou "marchando no poder", me vejo a acreditar que muitos pentecostais foram fabricados por pseudolíderes que apresentam distúrbios em suas exegeses bíblicas.

Dizem por aí, que dinheiro, fama e sucesso, são sinais da benção de Deus. Visto que Jesus foi pobre e não tinha onde reclinar a cabeça, me vejo a não acreditar nas supostas profecias destes profetas da famigerada teologia da prosperidade.

Dizem por aí, que se o Espírito Santo fosse retirado da igreja, 90% das atividades eclesiásticas iriam continuar a acontecer normalmente como se nada tivesse ocorrido. Visto que isso é algo estarrecedor, sou obrigado dar crédito a este dado, orando em todo tempo, para que tenhamos sensibilidade de perceber isso quando ocorrer em nossas vidas.

Tantas coisas dizem por aí, mas prefiro ficar com o Evangelho genuíno apresentado nas páginas das Escrituras.

Um comentário:

Marco Antonio Monteiro Wanderley disse...

Beleza, Júnior. Alegro-me que estejas cada vez mais lúcido e bíblico. Continue neste caminho. Se a Bíblia não for a nossa referência maior, aí cada um pode fazer o que quiser.

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