Reunidos em agosto deste ano no Conselho de Ministros Evangélicos de Jacarepaguá – COMEJA -, um grupo de pastores e líderes de diversas denominações debateu em extensão e profundidade as idéias que indicam respostas possíveis para uma pergunta que, em princípio, já implica um olhar de perplexidade diante dos rumos que a igreja vai tomando na era da globalização. O pastor Ariovaldo Ramos, líder da Comunidade Cristã Reformada de São Paulo, foi o convidado do encontro, que ocorre periodicamente às quintas-feiras e que tem produzido reflexões de alta relevância para o diagnóstico sobre o momento histórico vivido pelo povo de Deus no Brasil e no mundo.
Existe, na concepção de Ariovaldo Ramos, a igreja-mercado e a igreja de Jesus Cristo. A primeira é simplesmente a via pela qual se pratica o que ele chama de estelionato religioso, que é o fato de se vender produtos que não poderão ser entregues. Esta igreja representa uma traição ao evangelho, por ignorar aspectos essenciais da proposta cristã, como o amor a Deus e ao próximo, a concepção da igreja como comunidade de fé e a atitude sacrificial no trabalho com pessoas das áreas carentes, além do desprezo pela graça comum presente em todas as áreas da vida. Essa traição se define também pelo fato de se fazer do milagre um fim em si mesmo, como se a solução de problemas materiais fosse o único alvo a ser buscado no âmbito da vida espiritual, em detrimento inclusive da consciência da qual toda pessoa humana precisa partir para encontrar a cura completa de sua vida.
O autêntico evangelho da graça exige na parte de cada pessoa o exercício do dever, que é também um direito, de reconhecer os sinais da presença de Jesus Cristo na igreja e no mundo e de assumir conduta compatível. Esse reconhecimento implicará, assim, a necessidade de uma decisão no sentido de tornar-se discípulo ou tornar-se um traidor. Tornar-se discípulo significa aceitar estar com Jesus Cristo na vida e na morte, responsabilidade que recai sobre todo aquele que se dispõe a corresponder de maneira concreta ao amor de Deus manifestado também concretamente na do Filho de Deus. Nesse sentido, não há ninguém que seja especial. A propósito, Ramos destaca uma outra falha da igreja-mercado: a criação de figuras especiais, acima das pessoas comuns, através de recursos mercadológicos que nada têm a ver com o reino de Deus. O verdadeiro homem de Deus não se coloca acima de ninguém, o que não o impede de orientar o rebanho do Senhor com relação aos sinais que indicam a presença de Jesus Cristo no mundo.
Ao longo desse frutífero encontro, vários outros pastores líderes denominacionais também se manifestaram. Em dado momento críticaram a idéia de que o cristão deva aceitar o pensamento de que precisa ser um vitorioso segundo os ídolos do mercado, especialmente no que se refere à questão das finanças. “em muitas vezes o rico é a pessoa mais pobre, porque em geral só tem o dinheiro. Se ficar sem este, nada mais lhe restará”, afirma um deles. Na mesma linha, Ariovaldo Ramos declara que igreja de Jesus é constituída por aqueles que não dobram seus joelhos nem a Baal nem a Mamon.
O encerramento do encontro deu-se numa atmosfera de otimismo quanto ao futuro da igreja que não se deixou seduzir pelas ilusões do deus-mercado.
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Fonte: Comeja
Existe, na concepção de Ariovaldo Ramos, a igreja-mercado e a igreja de Jesus Cristo. A primeira é simplesmente a via pela qual se pratica o que ele chama de estelionato religioso, que é o fato de se vender produtos que não poderão ser entregues. Esta igreja representa uma traição ao evangelho, por ignorar aspectos essenciais da proposta cristã, como o amor a Deus e ao próximo, a concepção da igreja como comunidade de fé e a atitude sacrificial no trabalho com pessoas das áreas carentes, além do desprezo pela graça comum presente em todas as áreas da vida. Essa traição se define também pelo fato de se fazer do milagre um fim em si mesmo, como se a solução de problemas materiais fosse o único alvo a ser buscado no âmbito da vida espiritual, em detrimento inclusive da consciência da qual toda pessoa humana precisa partir para encontrar a cura completa de sua vida.
O autêntico evangelho da graça exige na parte de cada pessoa o exercício do dever, que é também um direito, de reconhecer os sinais da presença de Jesus Cristo na igreja e no mundo e de assumir conduta compatível. Esse reconhecimento implicará, assim, a necessidade de uma decisão no sentido de tornar-se discípulo ou tornar-se um traidor. Tornar-se discípulo significa aceitar estar com Jesus Cristo na vida e na morte, responsabilidade que recai sobre todo aquele que se dispõe a corresponder de maneira concreta ao amor de Deus manifestado também concretamente na do Filho de Deus. Nesse sentido, não há ninguém que seja especial. A propósito, Ramos destaca uma outra falha da igreja-mercado: a criação de figuras especiais, acima das pessoas comuns, através de recursos mercadológicos que nada têm a ver com o reino de Deus. O verdadeiro homem de Deus não se coloca acima de ninguém, o que não o impede de orientar o rebanho do Senhor com relação aos sinais que indicam a presença de Jesus Cristo no mundo.
Ao longo desse frutífero encontro, vários outros pastores líderes denominacionais também se manifestaram. Em dado momento críticaram a idéia de que o cristão deva aceitar o pensamento de que precisa ser um vitorioso segundo os ídolos do mercado, especialmente no que se refere à questão das finanças. “em muitas vezes o rico é a pessoa mais pobre, porque em geral só tem o dinheiro. Se ficar sem este, nada mais lhe restará”, afirma um deles. Na mesma linha, Ariovaldo Ramos declara que igreja de Jesus é constituída por aqueles que não dobram seus joelhos nem a Baal nem a Mamon.
O encerramento do encontro deu-se numa atmosfera de otimismo quanto ao futuro da igreja que não se deixou seduzir pelas ilusões do deus-mercado.
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Fonte: Comeja
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