quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus!

Quando leio os evangelhos, costumo sentir alívio ao pensar que Deus resolveu colocar-me na Terra agora e não na época de Jesus. Parte de mim inveja aqueles que puderam vê-lo, ouvi-lo e tocá-lo ao vivo. Esta parte de mim sonha que a vida seria muito mais fácil se Ele estivesse aqui na minha frente em carne, disponível para responder minhas perguntas face a face. Porém uma porção maior de mim suspeita que isso não seria verdade. Eu acharia mais fácil tomar decisões depois de ouvir o ponto de vista de Jesus sobre determinado assunto? Minha vida se tornaria mais fácil depois de vê-lo e tocar-Lhe a presença física?
Conheço minha natureza desconfiada. Se eu vivesse naquela época, é provável que, prontamente, me enquadrasse entre as multidões que O seguiam, atônito com seu poder de operar milagres e emocionado com seu amor, mas ainda assim, cético quanto a sua afirmação despretensiosa de ser Deus. Espero que, se me fosse dada a chance, eu soubesse discernir a verdade de quem Jesus era. Mas não foi o que aconteceu com muita gente, por que comigo seria diferente? Eu seria melhor que os fariseus? Também sei me considerar virtuoso, convicto de conhecer a mente de Deus, assim como a oração daquele publicano hipócrita. Ao ler as várias passagens que Jesus repreende os fariseus, eu, às vezes, estremeço, sentindo sua repreensão me atingindo perto demais.
Também consigo me identificar com os discípulos mais próximos de Jesus. Mesmo tendo visto meu mestre transfigurado sobre o monte e ouvido Deus recomendá-lo em voz audível, com certeza eu seria tomado de pavor, como aconteceu com Pedro, e diria alguma bobagem. Ou, apesar da inclinação literária, também ficaria confuso em minha ignorância diante do uso óbvio que Jesus fazia das metáforas. Jesus certa vez disse “estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus”, ora, em minha interpretação literal, diria que “Jesus só está querendo dizer para nos lembrarmos de trazer mais pão da próxima vez”. (Risos)
Sim, receio que, se trazido à Terra naquela época, eu deixaria Jesus tão irritado quanto a maioria dos que O conheciam. Hoje tenho a Bíblia aberta na minha frente. Posso estudar sua vida do começo ao fim e ler as profecias sobre sua vinda, bem como o ensino dos apóstolos posteriores a sua partida. Tenho acesso a inúmeros livros e mestres capazes de mostrar para mim as verdades que Jesus veio revelar. E mais, conto com seu Espírito vivendo em meu interior – Jesus em mim revelando a si mesmo. Não posso reclamar. Tenho tudo que preciso para conhecê-lo do jeito que Ele de fato é e amá-lo com minha vida.
Apesar de tanta informação e tantas oportunidades, ainda estou tentando compreender Jesus. Há apenas 5 anos caminho com Ele; mesmo assim, percebi que mal arranhei a superfície do conhecimento desse Salvador que chamo de meu. Sei que não poderia viver sem Ele. Sei que Ele me transformou e a tudo que faz parte da minha vida. Jesus disse “minhas ovelhas me conhecem”, mas sei que preciso continuar aprendendo para conhecê-lo melhor.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Yeshua

Autor desconhecido

Há quase dois mil anos existiu um homem cujo nascimento contrariou as leis biológicas. Ele viveu em pobreza. Não fez grandes viagens, e só uma vez cruzou as fronteiras da terra onde viveu. Isso ocorreu na sua infância, quando teve que fugir de sua pátria. Não possuía riquezas. Seus familiares não eram pessoas de projeção, não tinham muita instrução, nem alto grau de escolaridade. Quando ainda era bebê, perturbou um rei; quando menino, deixou boquiabertos alguns doutores. Já adulto, dominou o curso da natureza, andou sobre as ondas do mar como se fosse terra firme e fez o mar aquietar-se. Curou multidões sem o emprego de medicamentos e não cobrou nada por seus serviços. Não escreveu nenhum livro, e no entanto seriam necessárias muitas bibliotecas para conter os livros que já foram escritos a seu respeito. Nunca compôs uma música, e no entanto tem sido tema de hinos e músicas cujo número ultrapassa todas as outras somadas. Nunca fundou uma faculdade ou seminário, mas o total dos que estudam seus ensinos é muito maior que a soma de todos os alunos de todas as escolas.Nunca comandou um exército, nem convocou um soldado, nem disparou um fuzil. E no entanto nenhum outro general contou com maior número de voluntários que, sob suas ordens, fizeram rebeldes baixarem suas armas e renderem-se a ele sem dar um único tiro. Nunca praticou a psiquiatria, mas tem dado alívio a muitos corações aflitos, mais que todos os médicos juntos. Multidões de fiéis se encaminham para reuniões de adoração, onde lhes prestam culto. Grandes estadistas gregos e romanos surgiram no cenário mundial, caindo logo em seguida no esquecimento. Muitos cientistas, filósofos e teólogos de projeção foram igualmente esquecidos. Mas o nome deste homem permanece cada vez mais lembrado. Embora já se tenha passado muito tempo desde que foi crucificado, ele ainda está vivo. Herodes não conseguiu destruí-Lo. O túmulo não pôde detê-Lo. Agora Ele, o Cristo vivo, nosso único Senhor e Salvador encontra-se no pináculo da glória celestial, exaltado por Deus, reconhecido pelos anjos, adorado pelos santos e temido pelos demônios. JESUS CRISTO - Este nome tem poder.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Às vezes

Às vezes, tenho vontade de gritar para o mundo ouvir que Jesus Cristo é o Senhor. Mas, logo vêm os desbravadores do evangelho-fácil e roubam de mim o fervor.

Às vezes, me surgem alguns pensamentos triunfalistas de que “se Jesus venceu, eu também vencerei”. Porém, logo me vem à mente que Jesus não tinha nem onde reclinar a cabeça – pobre, manso e humilde. Me envergonho.

Às vezes, me angustio com a situação e comportamento da igreja evangélica brasileira. Todavia, alguns bons amigos me fizeram lembrar que Jesus buscará uma Igreja dentro da igreja – como diz a brilhante parábola da colheita (Mt 13.24-30).

Às vezes, perco o sono com meus conflitos interiores, vendo-me impotente para mudar o rumo da igreja. Portanto, me recordo da ilustração do beija-flor, que no afã de apagar o grande incêndio da floresta, jogava água no fogo com seu pequeno bico, como em conta-gotas.

Às vezes, sou chamado de pessimista. Logo, quando sou confrontado com as páginas sagradas, vejo que a tendência é só piorar.

Às vezes, sou tentado a acreditar nos profetas modernos que jogam bênçãos avanço ao povo. Entretanto, olho para os profetas veterotestamentário e vejo quão distante estão os seus respectivos ministérios.

Às vezes, me comparo com àqueles discípulos a caminho de Emaús, onde não conseguiam enxergar o Mestre devido às circunstâncias desfavoráveis que os judeus passavam. Contudo, será que sou eu que não contemplo Jesus, ou Jesus não está sendo encontrado em alguns de nossos templos suntuosos?

Às vezes, olhando para os relatos da Reforma Protestante, penso que poderíamos passar por algo semelhante em nossas igrejas. Porém, devido aos tempos pós-modernos, seria algo humanamente impossível – os “Luteros” estão se corrompendo.

Às vezes, faço minhas orações acreditando que todas elas serão atendidas por Deus. Logo, lembro-me de umas das cartas paulinas endereçadas aos irmãos de Filipos (Fp 4.6,7), onde Ele não promete realizar meus desejos e caprichos, mas sim, a paz em nossos corações.

Às vezes, sinto vontade de vociferar contra as mazelas da liderança eclesiástica. Mas, logo atento para dentro de mim, e contemplo o homem corrupto que habita em mim, com igual ou maior número de mazelas do que os líderes religiosos.

Às vezes, olho para o caos que se encontra nosso sistema religioso, tentando entender “por que isso Senhor?!”, e ouço Deus responder em meu coração: “Eu sou Soberano sobre todas as coisas filho, tudo está patente aos meus olhos, faça a sua parte”. Então, quase sempre saio constrangido, entendendo que a boa mão de Deus, há de nos mostrar a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não serve (Ml 3.18).
Às vezes...

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