
Há poucas semanas o pastor Silas Malafaia lançou na televisão uma campanha denominada de "o clube de um milhão de almas". Segundo Malafaia, ao doar R$ 1000,00 para o seu programa de tv, o crente em Jesus contribui pra salvação de um milhão de almas. Para simbolizar isso, o pastor Silas, criou o "almômetro", onde a cada contribuição, pessoas são salvas do inferno.
Caro leitor, em 31 de outubro de 1517, o monge alemão, Martinho Lutero afixou às portas do castelo de Wittenberg, as suas 95 teses denunciando as indulgências e os excessos da Igreja Católica, dando inicio a Reforma Protestante. Quase quinhentos anos depois, a igreja dita evangélica, experimenta em seus arraiais as mais estranhas doutrinas, o que com absoluta certeza faria com que o reformador alemão ficasse de rosto ruborizado. Ensinamentos como o pregado por Malafaia, onde almas são "compradas" mediante ofertas afrontam as Sagradas Escrituras.
Como já havia escrito inúmeras vezes não agüento mais a efervescência da graça barata, o mercantilismo gospel, a banalização da fé. Com dor no coração sou obrigado a confessar essa gente não têm pregado o evangelho do reino. Antes pelo contrário, o evangelho o qual estes têm pregado é humanista, megalomaníaco e anti-bíblico.
Prezado leitor, ser protestante, não é somente se identificar com o protesto feito pelos reformadores contra a corrupção eclesiástica e o falso ensinamento católico do século XVI; é muito mais do que isso. Ser protestante, é protestar hoje contras as doutrinas mercantilistas dos falsos apóstolos, é viver debaixo de um avivamento integral, é resgatar os valores indispensáveis a fé bíblica através da Palavra, é proclamar incondicionalmente a mensagem da graça de Deus em Cristo Jesus.
O lema "Eclésia reformata, semper reformanda", deveria estar sempre ressoando em nossos ouvidos e corações, desafiando-nos à responsabilidade de continuamente caminharmos segundo a Palavra, sem nos deixarmos levar por ventos de doutrinas e movimentos que tentam transformar a Igreja de Cristo, num circo eclesiástico, nas mãos de líderes inescrupulosos, que manipulam o povo ao seu bel prazer, tudo isso em nome de Deus!
Uma nova reforma já!
Por Renato Vargens
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