terça-feira, 29 de setembro de 2009

Percepções


Percebi que a igreja evangélica anda a passos largos para uma decadência igual ou superior a acontecida na Europa nos idos do séc. XIX, todavia, creio nas Escrituras quando falam dos sete mil joelhos remanescentes que não se dobrarão a esse paganismo pós-moderno.

Percebi que a má formação da liderança evangélica é uma das maiores causas dessa crise desmedida em nossos guetos eclesiásticos, portanto, urge que as novas safras de líderes que se levantam sejam mais prudentes em seus ensinos e pregações, colocando a Bíblia no seu devido lugar – como primazia.

Percebi que o movimento pentecostal tem se enveredado por um misticismo exacerbado com uma junção de espiritismo carregado de feitiçaria, por isso, é mister que os pentecostais “cheios do poder” deem menos importância ao dom de línguas e busquem diligentemente o vínculo da perfeição que é o amor. Quando isso acontecer, teremos menos gritaria em nossos cultos e mais manifestações das virtudes do fruto do Espírito.

Percebi que não agüento ficar mais de dez minutos em ambientes cúlticos de muito barulho e gritaria. Talvez, nessa minha peregrinação tenha me simpatizado mais com o tradicionalismo histórico do que pelo movimento pentecostal, porém, não sou cessacionalista, creio na manifestação contemporânea dos dons espirituais.

Percebi que o cristão que exala o bom perfume de Cristo não é aquele cheio dos dons espirituais, mas sim, aquele que é cheio do Fruto. Portanto, faz-se necessário que ensinemos aos neófitos a buscarem menos poder, fama e sucesso, pois essa trindade maldita começa pela busca desenfreada dos dons espirituais sem propósito de edificação.

Percebi que o exercício da contemplação e meditação são fontes mais eficazes de intimidade e relacionamento com Deus – pena que muitos insistem em um relacionamento (relacionamento?!) de barganha, troca e mercantilização das benesses de Deus. Enquanto isso, os mercadejantes da fé se apropriam da emotividade do povo leigo fazendo com que voltemos a Idade das Trevas onde se acreditavam que no tilintar de uma moeda no gazofilácio, uma alma era liberta do purgatório para o céu.

Percebi que os desbravadores da fé nos lançam no inferno se não retirarmos o “melhor” de nossas carteiras nos chamando até mesmo de trouxas quando ofertamos com amor e sem sentimento de toma-lá-dá-cá. Segundo os “profetas” da prosperidade, temos que dar e exigir que Deus nos retribua em dobro. Receio que a Bíblia apócrifa deles esteja isenta das palavras de Paulo aos coríntios quando diz que o nosso generoso ato de ofertar deve ser sempre voluntário, com alegria e segundo a prosperidade de cada um.

Enfim, necessário é que nossas percepções estejam cada vez mais aguçadas para que não caiamos nas sutilezas dos lobos travestidos de pastores, pois o que Jesus disse sobre matar, roubar e destruir (Jo 10.10) nada tem a ver com o diabo e sim com os mercenários, ladrões e salteadores da fé.

sábado, 26 de setembro de 2009

Até quando???


Como tem sido difícil assistir um culto pentecostal nas igrejas atuais; confesso, saí frustrado do último que fui. As raízes pentecostais não tem nada a ver com isso que chamamos hoje de manifestações do Espírito.

Sei que corro o risco de ser chamado de frio, de intelectual e outros nomes mais. Portanto, não me renderei a esse pseudoevangelho pregado nos púlpitos da igreja moderna.

Como pode alguém ir ao um “culto de poder” e sair pior do que entrou? Que tanto poder é esse que é “liberado” pelos evangelistas e pastores, que não tem eficácia na vida existencial deles próprios? Que tanta “unção” é essa que é exalada de seus paletós e não transforma a vida dos fiéis? Até quando veremos os manipuladores de auditórios manobrando as massas para um falso evangelho?

Até quando vamos chamar de “cristãos” esses falsos líderes? Eles inventaram outra religião. Abandonaram o cristianismo. Não falam da cruz de Cristo e da regeneração do Espírito Santo como solução para toda e qualquer escravidão espiritual. Não falam do discipulado de Jesus Cristo como compromisso com o Reino de Deus, o que exige arrependimento e submissão absoluta ao Rei Eterno, o que implica mudança de vida e serviço abnegado.

Continuo a peregrinar com minhas incertezas, sabendo que o Deus da igreja dará um escape aos seus pequeninos que anseiam viver humildemente, praticando a justiça e amando a misericórdia.
Continuo a crer nas manifestações do Espírito Santo na vida do cristão; continuo a crer na transformação do homem caído; e continuo a ter esperança que a nossa missão é manifestar, aqui e agora, a maior densidade possível do Reino de Deus, que será consumado ali e além.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pregando no abc dal

Humor Los Hermanos


Acerto de contas

Três padres, um americano, um brasileiro e um argentino estão voltando de uma visita ao Vaticano quando uma das turbinas do avião explode. Uma gritaria, um corre-corre desgraçado e todo mundo pulando de pára-quedas. Quando os três padres dão por si, estão sozinhos e sem nenhum pára-quedas.
O americano, ajoelha-se, na porta do avião e diz:
- Senhor, entrego a minha alma em suas mãos! Pula e espatifa-se no chão.
Em seguida o padre brasileiro, ajoelha-se e diz:
- Senhor, se puder poupar a minha vida, prometo que vou arrebanhar ainda muitos fiéis para a sua Igreja. Pula e espatifa-se no chão.
Em seguida o padre argentino:
- Mi Diós, Yo sé que o Señor vá a me salvar. Usted no puede permitir que el mejór de sus sacerdotes morra... afinal, o que será de Ti sem mim?
Pula e de repente, as nuvens se abrem e uma mão enorme o apanha no ar.
- Yo sabia... Yo sabia... - gritou o padre todo contente.
E então, uma voz forte retumbou:
- Este Yo quiero matar pessoalmente!


O padre e os argentinos

Na fronteira do Brasil com a Argentina a igreja mais próxima era do lado brasileiro, o que trazia os argentinos sempre à missa. Certo dia o padre diz:
- Irmãos, hoje vamos falar dos fariseus, aquele povo desgraçado, como esses argentinos que aqui estão.
Toda a congregação se alarmou, virou um alvoroço total. Ao fim da missa o prefeito da cidade diz ao padre:
- O sr. não pode fazer isso, esses argentinos fazem a maioria de suas compras aqui, eles gastam todo seu dinheiro em nossa cidade, não podemos perdê-los. E prometa que não irá ofendê-los novamente!
- Tudo bem! Diz o padre.
No outro domingo o padre começa a ladainha:
- Hoje iremos falar de Maria Madalena, aquela prostituta, como essas argentinas que aqui estão. Novamente o alvoroço foi total, não ficou um argentino dentro da igreja. No final o prefeito novamente vai ao padre e diz:
- Mas padre, o senhor me prometeu que não iria mais fazer isso. O que aconteceu?
O Padre disse que não conseguiu se conter, mas que não iria se repetir. No domingo, o prefeito apreensivo, espera o inicio do sermão, temendo o que o padre faria dessa vez.
- Irmãos, hoje iremos falar da Santa Ceia. - Diz o padre.
O que deixa o prefeito e a congregação mais aliviados.
Continuando, o padre diz: - Naquela noite, Jesus disse: O meu traidor está aqui na mesa.
- O que Pedro diz: Mestre, por acaso sou eu?
- Não, não é você Pedro. Diz Jesus.
João prossegue: - Mestre, serei eu?
Jesus diz: - Não é você João.
Ouvindo os colegas perguntarem, Judas Iscariotes, assustado diz: - Mestre, por acaso soy yo?


Inundação argentina

Um argentino e um brasileiro estão perdidos no deserto há vários dias até que encontram uma lâmpada mágica. Eles esfregam e dela sai um gênio:
- Olá... Cada um de vocês tem direito a um pedido?
- Um pedido? Que eu saiba eram três! - diz o brasileiro.
- É, amigo... Eram, eram! Com essa crise do petróleo, é só um! Agora façam seus pedidos.
O argentino logo pensa e diz:
- Gênio, eu quero que você construa um muro em volta de toda Argentina para que nenhum brasileiro possa mais entrar no nosso país!
- Seu desejo é uma ordem! Depois de construir o muro o gênio pergunta:
- E você, brasileiro? O que vai querer?
- Quero que você encha aquilo lá de água!


Pesquisa fracassada

A ONU resolveu fazer uma pesquisa em todo o mundo. Enviou uma carta para o representante de cada país com a pergunta: "Por favor, diga honestamente qual é a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo". A pesquisa foi um grande fracasso. Sabe por quê?
Todos os países europeus não entenderam o que era "escassez".
Os africanos não sabiam o que era "alimento".
Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre o que era "opinião".
Os argentinos mal sabem o significado de "por favor".
Os norte-americanos nem imaginam o que significa "resto do mundo".
O congresso brasileiro está até agora debatendo o que é "honestamente".


Pena capital

Num boteco da Arábia, discutindo futebol, um uruguaio, um argentino e um brasileiro se pegaram no tapa e acabaram indo para a Delegacia. Como punição, o delegado ordenou que cada um deles levasse 50 chibatadas. Mas antes disso, cada um poderia ter um desejo atendido.
O uruguaio foi o primeiro. Pediu para lhe colocarem um travesseiro às costas, mas logo na terceira chibatada, o travesseiro rasgou.
O segundo foi o argentino. Pediu para lhe colocarem um casaco de couro, mas logo na quinta chibatada, o casaco rasgou.
Então, chegou a vez do brasileiro, e como o capataz era fã do Ronaldinho, lhe deu o direito a dois desejos:
- Como primeiro desejo eu gostaria que a minha pena fosse triplicada e em segundo lugar que vocês amarrassem o argentino nas minhas costas!


Gaúchos e argentinos

Três gaúchos e três argentinos estavam viajando de trem para um congresso. Na estação, os três argentinos compraram um bilhete cada um, mas viram que os três gaúchos compraram um só bilhete.
Como é que os três vão viajar só com um bilhete? - perguntou um dos argentinos.
- Espere e verá. - respondeu um dos gaúchos.
Então, todos embarcaram. Os argentinos foram para suas poltronas, mas os três gaúchos se trancaram juntos no banheiro. Logo que o trem partiu, o fiscal veio recolher os bilhetes. Ele bateu na porta do banheiro e disse:
- O bilhete, por favor. A porta abriu só uma frestinha e apenas uma mão entregou o bilhete. O fiscal pegou o bilhete e foi embora. Os argentinos viram e acharam a idéia genial. Então, depois do congresso, os argentinos resolveram imitar os gaúchos na viagem de volta e, assim, economizar um dinheirinho (reconhecendo a inteligência superior dos gaúchos). Quando chegaram na estação, compraram só um bilhete. Para espanto deles, os gaúchos não compraram nenhum.
- Mas, como é que vocês vão viajar sem passagem? - um argentino perguntou perplexo.
- Espere e verá. - respondeu um dos gaúchos.
Todos embarcaram e os argentinos se espremeram dentro de um banheiro e os gaúchos em outro banheiro ao lado. O trem partiu. Logo depois, um dos gaúchos saiu, foi até a porta do banheiro dos argentinos. Bateu e disse:
- A passagem, por favor.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Por um Deus mais frágil


A nossa esperança e o nosso testemunho não podem ser fundados na fé em Deus-poder ou na divinização de alguma pessoa, grupo social ou instituição. A fé cristã nos apresenta um caminho inverso: ao invés da divinização de um ser humano muito poderoso ou de alguma instituição social (como o mercado) ou religiosa – proposta sedutora de muitas religiões e ideologias sociais –, o Evangelho de Jesus nos propõe um Deus que se esvazia do seu poder divino para entrar na história como escravo, e como escravo se assemelhar ao humano (Filipenses 2.6,7).

Deus se revela no esvaziamento do poder para mostrar que o poder e o sucesso não são sinônimos da justiça e da santidade. Pessoas ou igrejas que se consideram justas e santas porque são ricas e/ou poderosas ou porque têm muito ibope não conhecem a verdade sobre Deus e sobre o ser humano. Não é a riqueza que lhes dá dignidade e justifica a sua existência; a nossa existência está justificada e nós somos dignos antes da riqueza, poder ou sucesso, pois nós somos justificados pela graça de Deus que se esvaziou do poder porque ama gratuitamente a toda a humanidade e a toda a criação.

Essa fé e esperança podem ser experienciadas quando perseveramos na nossa opção pelos pobres e por uma Igreja mais servidora do Povo de Deus, mesmo quando a contabilidade de nossa luta e a frustração pessoal nos diz que não há mais por que esperar. No momento em que perseveramos somente porque amamos é que podemos testemunhar esta esperança que é a esperança cristã, que nasce da morte na cruz de um Deus encarnado.

Por Jung Mo Sung

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pode ser que eu esteja errado


Pode ser que eu esteja errado, mas gosto de caminhar em meio a alguns aparentes paradoxos. Um Deus que é soberano sobre tudo e todos, mas cede às suas criaturas liberdade de arbítrio, onde estas decisões geram até mesmo violência e morte, deixa alguns a pensar que Deus não é tão soberano assim. O problema é que precisamos redefinir o conceito de soberania.
Entendo soberania como a crença de que nada pode impedir Deus de executar sua vontade a não ser Ele mesmo. O homem é livre porque Deus quer, e não porque Deus foi destituído de sua soberania.

Pode ser que eu esteja errado: um Deus que possui a onisciência como um de seus grandes atributos, certamente conhece cada um que entrará pelos portais da eternidade, mas nem por isso predestinou tais criaturas.

Pode ser que eu esteja errado: creio que a Bíblia é a Palavra de Deus e contém a palavra do homem, todavia, contém até mesmo a palavra do diabo. Oohhh!!! não deveria ter dito isto – os fundamentalistas vão me execrar.

Pode ser que eu esteja errado: creio que a oração é umas das ferramentas mais poderosas que temos a nosso favor, porém, alguns podem se perguntar: "pra quê orar solicitando as benesses e livramentos de Deus se Ele sabe de tudo que acontecerá comigo daqui há dez ou vinte anos?" Faz-se necessário reformularmos nossos modelos de orações. Na verdade, o resultado da oração não é necessariamente a mudança da situação a respeito da qual se ora, mas a mudança da pessoa que ora, pois a mudança da situação a respeito da qual se ora é uma possibilidade, mas a mudança do coração e da mente de quem ora é uma realidade.
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Pode ser que eu esteja errado: estudar teologia é uma loucura. Como pode um ser limitado que sou, tentar dissecar um Ser ilimitado que é o EU SOU? Para não enlouquecer, apelo para o Consolador, o Deus conosco.

Pode ser que eu esteja errado: creio que fé é coragem de acreditar que os valores, princípios e verdades propostos por Jesus são suficientes para enfrentar a vida com tudo o que ela trouxer, de bom e de ruim. Mas muitos insistem apenas na definição do escritor da epístola aos hebreus, pautando sua fé apenas em tentar mover a mão de Deus por meio de milagres e operações de maravilhas.

Pode ser que eu esteja errado: creio que a salvação e vida eterna são verdades absolutas do cristianismo, mas muitos chegarão no céu sem nunca ter ouvido a mensagem de salvação desenvolvida pelos enlatados teológicos americanos.

Pode ser que eu esteja errado: creio em todas as narrativas bíblicas que pontuam verdades sobre o dízimo e ofertas, mas também creio piamente que o dízimo não é para a igreja do Novo Testamento. Apesar de ser um "dizimista fiel", bato na tecla de que Deus não está preocupado com os meus dez por cento, e sim, no meu ato de dar com alegria e voluntariamente. Os dez por cento é apenas um parâmetro; mas muitos insistem em dar até os centavos do líquido ou do bruto, achando que Deus se deixa enganar por nossa barganha.

São apenas algumas considerações de um acrisolado estudante de teologia.

Pode ser que eu esteja totalmente errado...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Humor apostólico


Dando aos pobres

Em uma daquelas igrejas que salvam sua alma a base de uma "ajudinha financeira", o pastor olha para a platéia e diz:
- Vamos passar a cesta e, se tiveres como colaborar, dai, irmão. Dai toda a quantia que puderes! Os fiéis, mesmo os mais pobres, acabam dando o que têm no bolso e mesmo os que não têm ficam constrangidos de não dar nada.
Nem bem a sacola caiu nas mãos dos fiéis, o primeiro gritou:
- Eu tenho 10 reais! - e colocou seu dinheiro lá dentro.
Na vez do segundo, ele fala:
- Eu tenho 20 reais! - e lá se foram mais 20 reais. A cesta ia enchendo, até que ela caiu na mão de um cara que estava lá só pra conhecer. Como ele era um sujeito honesto e estava muito necessitado, gritou:
- Eu não tenho nada! O pastor retrucou de imediato:
- Então pegai, irmão! Se precisas realmente, pegue tudo para você!
Emocionado, o rapaz pegou o dinheiro, guardou no bolso, e disse:
- Pôxa, pastor. Sempre achei que essas igrejas só quisessem nosso dinheiro, mas vocês encheram meus bolsos!
- Sim, irmão! - respondeu de pronto o pastor - Mas agora que tens, coloque tudo aí na cesta!
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Jesus no SUS
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Penalizado com a insatisfação dos brasileiros com o sistema de saúde pública no país, Jesus resolveu vir à Terra como médico do SUS. Escolheu um hospital público bem fuleiro e desceu, de avental e tudo. Passando pela imensa fila no corredor e chegando na sala do médico de plantão, Ele lhe disse:
— Pode ir, amigo! Deixa comigo!
O outro médico foi pra casa feliz da vida, dando graças a Deus por seu plantão ter terminado duas horas antes.
Os pacientes ficaram esperançosos com a chegada do novo médico. (Eles estavam há três dias na fila e nunca tinham visto um médico!)
Então o primeiro paciente entrou na sala. Um homem paraplégico em sua cadeira de rodas. Quando o viu, Jesus falou:
— Levanta-te e anda!
E o paraplégico, quer dizer, ex-paraplégico saiu da sala empurrando sua cadeira.
Rapidamente os seus colegas da fila perguntaram:
— E aí? Como foi? Esse médico é bom?
— Mais ou menos! — respondeu o ex-aleijado. — Ele é que nem os outros... Nem examina a gente!
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Empréstimo ao santo
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O bêbado vai à igreja e surrupia uma nota de cinco Reais de uma bandeja em frente a uma imagem de São Benedito.
— Empresta aí, negão! Depois te pago! E sai em direção ao boteco quando um guarda, que tinha visto o episódio, bate em suas costas.
— Escuta, meu chapa, vá devolver o dinheiro do santo senão te boto em cana. O bêbado entra de novo da igreja, deposita o dinheiro no lugar onde estava e reclama:
— Pô, negão! Qualé a tua? Eu falei que ia devolver, não precisava dar parte na polícia!
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O segredo do sete
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Você sabe por que muitas pessoas costumam cortar o número 7 pela metade ao escrevê-lo? Estava toda a multidão reunida aos pés do Monte Sinai para ouvir os 10 mandamentos proclamados por Moisés, quando, ao chegar no 7º mandamento, ele disse em alto e bom som:
— Não cobiçarás a mulher do próximo!
E a multidão enlouquecida, instantaneamente gritou em coro:
— Corta o sete! Corta o sete!
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Dormindo na Missa
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Os pais levam o menino e a menina para a igreja. Eles se sentam na primeira fila para que o menino possa apreciar bem a missa, mas ele adormece no meio do sermão. O padre percebe, e decide dar um susto no moleque. Ele faz uma pergunta direta pro garoto:
— Menino, diga quem criou o céu e a terra?
A irmã do guri espeta um alfinete na bunda do menino que acorda assustado e grita:
— Meu Deus!
— Muito bem, meu filho — diz o padre. Afinal, a resposta não está errada.
Mas daí a pouco o menino volta a dormir, e o padre aponta para ele outra vez e pergunta:
— Responda agora, garoto. Quem foi o filho de Maria e José?
A menina volta a enfiar um alfinete na bunda do menino, que acorda e diz bem alto:
— Jesus! O padre percebe o que aconteceu, mas não pode dizer nada. A resposta estava correta!
Logo depois o menino cochila novamente e o padre pergunta:
— O que disse Eva para Adão quando eles acordaram no primeiro dia?
Mas antes que a irmãzinha pudesse dar-lhe outra alfinetada, o menino berra:
— Se você enfiar esse negócio na minha bunda de novo, eu te arrebento!
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O bêbado em Jerusalém
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Ao ver Madalena na iminência de ser apedrejada, Jesus se aproxima dela, segura-lhe a mão e fala para o povo aglomerado à sua volta:
- Aquele que nunca errou, que atire a primeira pedra!
De repente, pimba! Um tijolo enorme acerta bem no meio da testa da pobre mulher.
- Quem fez isto? - pergunta Jesus indignado.
- Fui eu! - responde o bêbado.
- Você por acaso nunca errou?
- Desta distância nunca!
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Malamém
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Em uma sala de aula cada aluno tinha medo de uma certa coisa. Um certo dia a professora dessa sala resolveu perguntar do que cada um tinha medo.
- Aninha,do que você tem medo?
- De cobra.
- Carlos do que você tem medo?
- Tenho medo de bandido.
- Joãozinho do que você tem medo?
- Tenho medo do Malamém
- Malamém menino! O que é Malamém?
- É uma coisa que a mamãe pede que se afaste de nossa família toda noite antes de dormir. - Como assim?
- Toda noite antes de dormir a mamãe diz: livrai-nos do MAL-AMÉM.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Teologia da causa e efeito


"Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas é grande ganho a piedade com contentamento. Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." 1 Tm 6:3-10


Tem horas que me pergunto: "Em que desvio, esse pessoal se perdeu? O que é que essa turma anda bebendo?".

Quando vejo esse cambalacho todo, essas negociatas com Deus sendo prometidas como certas e pior: procuradas por quem se diz conhecedor de Cristo e da Sua Palavra, imagino onde tudo isso vai dar. Como diz esse texto acima, em boa coisa é que não.

Deus não se deixa enganar. Mas a história mostra que a coisa é antiga.

Os cristãos não se conformam com a mensagem do Evangelho, mensagem segundo a piedade - que é o entendimento de que devemos render a Deus a honra, a devoção, a afeição, o amor, a misericórdia, é soberbo e nada entende e delira.

É assim que vivem os que desfilam carros, mansões,... até aviões, pregando o outro evangelho que, certamente não o é de Cristo. Lucrando em cima de gente de quem eu já tive pena.

E só fazem isso, pois estão cheios de seguidores que pagam e mantêm isso tudo vivendo essa ilusão e acham que, como enganam e são enganados, podem também, levar Deus nessa conversa.

Como dizem cá em Portugal: "Dão um chouriço para ganharem um porco." Essa é a velha teologia da "causa e efeito", que é antes, espírita, hinduísta,... menos cristã - Dê e pressione Deus contra a parede! Tenha-O nas mãos!

Não há o sentido de ofertar por gratidão, com alegria, sem constrangimento, obrigação (ou terrorismo como fazem os vendilhões do templo) - como recomenda Paulo aos que ofertam, escrevendo aos Romanos.

Já não há o conformarmo-nos e sermos gratos a Deus pelo que Ele nos dá, há sim, o apelo à ganância e ao lucro fácil. Trabalhar? Servir? Não! De jeito nenhum! Seja dono do seu próprio negócio. Fique rico... Como prometem os "ungidos" da hora nas correntes de fé e fogueiras-santas da TV.

E dá-lhe profetadas: "Deus vai dar a você lucros extraordinários, comprar coisas por preços abaixos do mercado" (ou seja, Deus vai ferrar algum mané, dar um tombo em algum idiota ou viúva incauta para que você lucre às suas custas) como ouvi esses dias da boca do "apóstolo" que foi preso nos Estados Unidos, pretensamente falando por Deus. O cara volta da cana e continua o mesmo...

O que a Bíblia diz sobre essa "Teologia do Porco e do Chouriço"? Eu repito: Essa não é doutrina do nosso Senhor, ou ensino de Deus. É sim a dos demônios.

O final está ai. Só não lê quem não quer: porfias, contendas, desvio da fé e muitas dores no final.

Depois não digam que Deus não avisou!

Por Rubinho Pirola
Blog Genizah

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Criado para pensar


Começo com a criação. Deus fez o homem à sua própria imagem, e um dos aspectos mais nobres da semelhança de Deus no homem é a capacidade de pensar. É verdade que todas as criaturas infra-humanas têm cérebro, alguns rudimentos, outros mais desenvolvidos. O Sr. W.S. Anthony, do Instituto de Psicologia Experimental de Oxford, apresentou um trabalho perante a Associação Britânica, em setembro de 1957, no qual descreveu algumas experiências com ratos. Ele pôs obstáculos às entradas que continham alimento e água, frustrando-lhes as tentativas de encontrar o caminho naquele labirinto. Descobriu que, diante do labirinto mais complicado, seus ratos demonstraram o que ele denominou de “dúvidas intelectual primitiva”! Isso bem pode ser verdade. Todavia, mesmo que algumas criaturas tenham dúvidas, somente o homem tem o que a Bíblia chama de “entendimento”.

A Escritura assegura e evidencia isso a partir do momento da criação do homem. Em Gênesis 2 e 3 vemos Deus comunicando-se com o homem de um modo segundo o qual Ele não se comunica com os animais. Ele espera que o homem colabore consigo, consciente e inteligentemente, no cultivo e na conservação do jardim em que o colocara , e que saiba diferenciar- tanto racional como moralmente - entre o que lhe é permitido e o que lhe proibiu de fazer. Ainda mais, Deus chama o homem para dar nomes aos animais, simbolizando assim o senhorio que lhe dera sobre essas criaturas. E Deus cria a mulher de maneira tal que o homem imediatamente a reconhece como companheira idônea de sua vida, e então irrompe espontaneamente primeiro poema de amor da História!

Esta racionalidade básica do homem, por criação, é admitida em toda a Escritura. Na realidade, sobre esse fato se apóia o argumento normal que, sendo o homem diferente dos animais, ele deve comportar-se também diferentemente. “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento”. Em conseqüência, o homem é escarnecido e repreendido quando o seu comportamento é mais bestial que humano (“eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença”), e quando a conduta de animais é mais humana que a de alguns homens. Pois que às vezes os animais de fato superam os homens. As formigas são mais trabalhadoras e mais previdentes que o folgadão. Os bois e jumentos muitas vezes dão a seus donos um reconhecimento mais obediente do que o povo Deus ao Senhor. E os pássaros migratórios são melhores no arrependimento, já que quando partem em migração sempre retornam, enquanto que muitos homens que se desviam não conseguem voltar.

O tema é claro e desafiador. Há muitas semelhanças entre o homem e os animais. Mas os animais foram criados para se conduzirem por instinto, enquanto que os homens (apesar dos “behavioristas”), por escolha racional. Dessa forma os homens, ao deixarem de agir racionalmente, procedendo por instinto à semelhança dos animais, estão se contradizendo, contradizendo sua criação e sua diferenciação como seres humanos, e devem Ter vergonha de si próprios.

De fato é verdade que a mente do homem está afetada pelas devastadoras conseqüências da Queda. A “depravação total” do homem significa que cada parte constituinte da sua humanidade foi, até certo ponto, corrompida, inclusive sua mente, a qual a Escritura descreve como “obscurecida”. Com efeito, quanto mais os homens reprimem a verdade de Deus que reconhecem, mais “fúteis”, ou mesmo “insensatos” se tornam no seu pensar. Podem declarar-se sábios, mas são tolos. A mente deles é a “mente da carne”, a mentalidade de uma criatura decaída, e é basicamente hostil a Deus e à sua lei.

Tudo isso é verdade. Mas o fato de que a mente do homem é decaída não nos pode servir de desculpa para batermos em retirada, passando do pensamento à emoção, já que o lado emocional da natureza humana está igualmente decaído. De fato, o pecado traz mais efeitos perigosos à nossa faculdade de sentir do que à nossa faculdade de pensar, porque nossas opiniões são mais facilmente controladas e reguladas pela verdade revelada do que nossas experiências.

Assim, pois, apesar do estado decaído da mente humana, ainda o homem lhe é ordenado pensar e usar sua mente, na condição de criatura humana que é. Deus convida o Israel rebelde. “Vinde, pois , e arrazoemos, diz o Senhor”. E Jesus acusou as multidões descrentes, inclusive os fariseus e saduceus, por poderem interpretar as condições meteorológicas e preverem o tempo, mas não poderem interpretar “os sinais dos tempos” nem preverem o julgamento de Deus. “Por que perguntou-lhes. Em outras palavras: por que não usais os vossos cérebros? Por que não aplicais ao campo moral e espiritual o sentido comum que empregais no físico?”

A sociedade secular, por esse mundo a fora, concorda com o ensino da Escritura acerca da racionalidade básica do homem, constituída em sua criação e não de todo destruída na Queda. Os propagandistas podem dirigir os seus apelos promocionais aos nossos apetites mais baixos, mas eles não têm nenhuma dúvida de que temos a capacidade de distinguir entre produtos: de fato, muitas vezes até mesmo chegam a lisonjear o consumidor que discrimina. Quando sai a primeira notícia de um crime, geralmente ela vem com a frase “o motivo ainda não foi descoberto”. Pressupõe-se, como se vê , que mesmo a ação criminosa tem uma motivação, seja ela qual for. E quando nossa conduta é mais emocional do que racional, ainda assim insistimos em “racionalizá-la”. O próprio processo chamado “racionalização” é significativo. Indica que o homem de tal forma se constituiu num ser racional que quando não tem razões para a sua conduta ele tem que inventar alguma para se satisfazer.

John Stott
Extraído do livro "Crer é também pensar"

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sogra é sogra



Pedido Desesperado

Um homem pega o telefone e liga desesperado:
— Socorro, a minha sogra quer se suicidar... Ela quer se atirar da janela!
O homem do outro lado diz:
— Tá, mas o senhor errou o número... Aqui é da carpintaria!
— Eu sei! Eu sei! É que a janela não quer abrir!


Relógio Assassino

A mulher comenta com o marido:
— Querido, hoje o relógio caiu da parede da sala e por pouco não bateu na cabeça da mamãe...
— Maldito relógio! Sempre atrasado...


Mãe é Mãe

O rapaz chega em casa muito animado e diz para sua mãe que se apaixonou e quer se casar.
A mãe inicia uma série de perguntas e ele faz a seguinte proposta:
— Ah, mãe, vamos fazer o seguinte: amanhã eu vou trazer aqui três mulheres e você tenta adivinhar com qual delas eu vou me casar.
A mãe acaba por concordar com o teste. No dia seguinte, ele traz a sua casa três mulheres lindíssimas. Elas sentam-se no sofá e ficam conversando com a mãe do rapaz durante um bom tempo.
Depois de horas de conversa entre elas o rapaz chega e pergunta:
Então mãe, você é capaz de adivinhar com qual delas eu vou me casar?
A mãe responde imediatamente:
— Sim, com a do meio.
O rapaz fica surpreso e pergunta:
— É incrível mãe. Você acertou! Mas como é que adivinhou?
A mãe responde:
— Foi simples. Não gostei dela...


Mordida de Cachorro

O sujeito estava no bar tomando uma pinga, quando um funeral chamou a sua atenção. Atrás do carro fúnebre seguia um homem com o seu cachorro e, atrás dele, uma fila indiana com umas mil pessoas.
Curioso, ele se aproximou do homem com o cachorro e comentou:
— Com tanta gente, a pessoa que morreu devia ser muito famosa, hein...
— Era a minha sogra! — respondeu o homem.
Puxa! Meus sentimentos! Ela morreu de quê?
— Foi mordida por este cachorro!
Depois de alguns segundos de silêncio, o homem que estava no bar cria coragem e diz:
— Será que o senhor poderia me emprestar o seu cachorro, por um momento?
— Claro! Entre na fila!


Sogra Mala

O sujeito está saindo do seu apartamento com uma mala e cruza com o vizinho, que pergunta:
— Onde você vai com essa mala, Alberto?
— Ah, me cansei da minha sogra! Pra você ter uma idéia, só hoje ela me xingou de vagabundo, inútil, preguiçoso, insensível, cretino, fracassado... Cansei!
— O quê? Que velha folgada! Eu fico louco com essas coisas! Dá vontade de matar, cortar em pedacinhos e jogar no rio!
— E o que você acha que eu estou levando aqui dentro dessa mala?


Acreditando no Inferno

A garota chega para mãe reclamando do ceticismo no namorado.
— Mãe, o Mário diz que não acredita em inferno!
— Case-se com ele, minha filha, e o resto deixa comigo que eu o farei acreditar!


Morte da Sogra

O cara chega pro amigo e fala:
— Minha sogra morreu e agora fiquei em dúvida, não sei se vou trabalhar ou se vou pro enterro dela... O que é que você acha, cara?
E o amigo:
— Como diz o ditado: primeiro o trabalho, depois a diversão!


Enterra ou crema?

A sogra do cara morreu. Um amigo perguntou:
- O que fazemos? Enterramos ou cremamos?
- As duas coisas. Não podemos facilitar!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

15 mil acessos


Estamos profundamente felizes pela marca que atingimos neste fim de semana.

O Reflexões do Reino atingiu um score de 15 mil acessos em pouco mais de um ano no ar. Essas visitas compreendem irmãos de todas as localidades do Brasil e do mundo – e o que iniciou como indignação ao sistema evangélico brasileiro, tornou-se um hobby prazeroso.

Salientamos a presença maciça dos portugueses, americanos, japoneses, alemães, angolanos, italianos, suíços, franceses, romenos e peruanos, encabeçando a lista dos 10 países que mais nos visitam por esse mundão a fora.

Tratamos dos assuntos mais diversos possíveis, passando pela política, mídia, religião e humor, fazendo sempre links com a espiritualidade cristã.

Neste mundo da blogosfera muitos amigos virtuais foram feitos e nos edificamos mutuamente com os blogs parceiros. Aprendi a lidar com a opinião contrária e principalmente respeitar os que não concordam com nossos posicionamentos.

Prêmios diversos foram recebidos em forma de selos carinhosos como prova de que nosso trabalho não tem sido vão diante do Senhor.

Vale ressaltar que o mundo da blogosfera é muito vasto e o Reflexões do Reino não tem intenção nenhuma de angariar acessos por competitividade, mesmo porque, 15 mil acessos é muito pouco levando em consideração os catedráticos blogueiros que conseguem em apenas um dia mais de mil visitas.

Somos apenas uma gotinha no oceano da blogosfera e isso já nos deixa motivados em contribuir para o Reino de Deus escrevendo e protestando contra as mazelas que acontecem no meio dos que se dizem cristãos.

Longe de mim apresentar-me para nosso leitor como um puritano, mas de uma coisa (odeio usar essa palavra) tenho certeza: Caráter não pode faltar. Talvez a imagem que passamos ao leitor que não nos conhece é de um rebelde agressivo, portanto, são somente impressões.

Amo meu Senhor Jesus o qual me redimiu e me deu vida, e quanto mais vejo as atrocidades que fazem com a igreja de meu Senhor, mais indignado fico, e as reflexões ficam sempre mais picantes e apimentadas.

Agradecemos a você, blogueiro, internauta, cristão ou não, que dispõe de seu tempo para caminhar lado a lado conosco sempre acompanhando nossa odisseia cristã em busca de um relacionamento mais sincero com o Autor da vida.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Estou convencido


Estou convencido que o movimento evangélico brasileiro vive uma crise ética desmedida – os discursos destoam na prática – urge que a nova safra de líderes atentem para a formação de seus carateres; o nome de Jesus tem sido difamado, e a culpa é exclusivamente nossa.

Estou convencido que quando Jesus falou de igreja nos relatos neotestamentários, se referia a pessoas e não instituições, porém, com o advento da pós-modernidade seria quase impossível a não-institucionalização da igreja – pena que junto com a institucionalização veio enraizada a prática do nepotismo.

Estou convencido que o discipulado deve ser encarado como a fase mais importante da vida cristã, mas muitos insistem que as experiências extravagantes já nos bastam para sermos líderes, pastores e apóstolos, mesmo sendo ainda neófitos na seara de Deus.

Estou convencido que a mídia evangélica brasileira tem realizado um grande trabalho de evangelização nacional e até mesmo mundial, porém, junto com a propagação do nome de Jesus é acrescido uma gama de ensinamentos recheados de heresias, que se propagam junto com um amontoado de jargões, que no final das contas, Jesus não é mais encontrado no meio de nós. Fica uma pergunta: Será que essas “conversões” em massa têm sido relevantes para uma sociedade melhor?

Estou convencido de que a lei no serviu como aio, ou seja, nos pegou pela mão, mostrou nossos erros e nos conduziu a Cristo, entretanto, muitos ainda insistem em cumprir ordenanças da lei como mandamentos imprescindíveis para salvação. Pobre de mim...

Estou convencido que uma vida de contemplação e meditação como forma de comunhão com Deus tem me transformado em uma pessoa melhor, porém, segundo um tele-evangelista que diz que “quem não faz barulho está com defeito de fabricação” a forma de se chegar mais próximo de Deus é em meio aos berros e a glossolalia. Infelizmente, existiu um tempo que dava crédito ao tele-pregador, entretanto, me via cada vez mais alienado em dialogar com o mundo – hoje meu testemunho é muito mais visível aos de fora dos arraiais evangélicos e apesar de ser pentecostal e receber de Deus o dom de variedades de línguas, utilizo-me deles para edificação pessoal e da comunidade cristã a qual faço parte.

Estou convencido que a diabólica teologia da prosperidade tem devastado muitas igrejas, inclusive as tradicionais. Tais adeptos têm transformado a igreja em empresas, onde impera o nepotismo e o narcisismo, e por sua vez, o Reino de Deus é lançado na sarjeta por não ser fonte de lucro para os mercadejantes da fé.

Estou convencido que a Graça de Deus contrapõe toda e qualquer religião, mas muitos persistem em esmerar esforços para entrar no Seio de Abraão; estipulam regras e condições desmerecendo todo arcabouço da graça que as Escrituras conceitua de favor imerecido.

Estou convencido que Jesus Cristo é Deus que se fez homem em prol da humanidade caída, porém, os “avivalistas” perseveram em afirmar que Jesus é fonte de bênçãos e vitórias.

Estou convencido que as Escrituras possuem tudo que o homem precisa para suas necessidades espirituais, entretanto, existe uma série de hereges que teimam em propagar novas revelações e experiências mirabolantes que com o passar do tempo se tornam doutrinas inegociáveis em seus “impérios”.

Estou convencido que meus escritos são junções de palavras emaranhadas que com muito esforço tento dar algum sentido para elas. Sei das dificuldades deste dom, mas insistirei como um analfabeto na arte do vernáculo, que um dia aprenderei a discorrer com maestria com os dedos no teclado.

Finalizo meus convencimentos citando Henri Nouwen que diz que “ministério e espiritualidade nunca podem estar separados. Ministério não é emprego das 9h às 17h, mas essencialmente um modo de vida [...] Há hoje uma grande fome por uma nova espiritualidade, que é uma nova experiência com Deus em nossas vidas. Esta experiência é essencial para cada ministro, mas não pode ser encontrada fora dos limites do ministério. Deve ser possível encontrar as sementes desta nova espiritualidade bem no centro do serviço cristão. Oração não é preparação para o trabalho nem uma condição indispensável para um ministério eficaz. Oração é vida; oração e ministério são a mesma coisa e não podem estar divorciados um do outro. Se estiverem, o ministro se torna como um eletricista ou um encanador, e o ministério passa a ser apenas outro modo de suavizar as dores da vida diária”.

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